domingo, 21 de março de 2010

A Pechincha vai às Compras

Quando você vai às compras você tem o hábito de pechinchar? Pois é, saiba que embora não pareça, o brasileiro ainda não adquiriu totalmente o salutar hábito de pechinchar. Isso não aconteceu de fato, em nossa sociedade porque o brasileiro durante muito tempo conviveu com inflação elevada. Os mais novos não sabem, mas os preços dos produtos, aqui no Brasil, aumentavam todos os dias, o que era uma loucura!
Lembre-se que as lojas, nas não gostam de realizar descontos em compras a prazo, portanto, a pechincha fica para as compras à vista, quando o consumidor pede um brinde. Por exemplo, na compra de um carro o consumidor ganha um jogo de tapete ou a instalação de “insulfilm”, IPVA pago, o tanque de combustível cheio, um banco de couro ou até mesmo um desconto no preço do veículo.
Na cidade de São Paulo, onde mais se pechincha no país, as lojas acabam por incentivar a pechincha, principalmente, com propagandas do tipo: “não feche com outro sem fechar com a gente”. Repare que os juros em São Paulo são menores e que a competição empresarial é excessivamente maior que em outros estados e isso favorece o cliente, fazendo com que a barganha seja maior, evidenciando que competitividade é salutar para o consumidor.
Um desconto, principalmente, em produtos de maior volume de preço pode ajudar muito no orçamento do consumidor. Ou seja, uma redução de 10% no valor de uma geladeira, por exemplo, pode representar até 25% do salário de uma família de baixa renda.
Estudos mostram que a pesquisa de preços faz parte do processo de compras do paulistano. Assim, 77,5% dos entrevistados na cidade de São Paulo, afirmaram realizar pesquisas de valores em várias lojas antes de proceder à compra definitiva. O perfil das classes de consumidores que se utilizam de pesquisa de preços na cidade de São Paulo fica assim:
De 77,5% dos entrevistados afirmaram realizar pesquisas de valores antes de decidir comprar. As classes C e D lideram o hábito da pechincha, com 71,9 e 77,6% de adesão. Nas classes D e E, sobe para 81,6% o número de pessoas que realizam pesquisa em várias lojas. Entre os consumidores A e B, 66,3% costumam negociar descontos antes da compra.
Portanto, é bom chorar o preço na hora da compra, para não ter o desconforto de comprar o produto e ver um preço menor em outra loja.
Segundo os especialistas, o consumidor não precisa ter vergonha ao pedir desconto, pois, os produtos costumam sair de linha rapidamente e às vezes fica difícil para o comerciante vender o produto, onde caberia então a pechincha. Daí se um menor preço é bom para o consumidor, muitas vezes é bom também para o lojista.
Leve então, na ponta do lápis, o conselho do livro “Servidão Humana”, de Somerset Maugham, onde o professor aconselha seu discípulo a não pagar mais de um xelim pelo selim que se ganha.

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