domingo, 28 de março de 2010

Brasil versus China

Segundo dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI), a China, depois de se consagrar no posto de maior exportadora do mundo, vem tomando espaço do Brasil no comércio internacional. Vários produtos chineses como ferro fundido, máquinas e aço, invadiram os mercados dos principais países que comercializam com o Brasil, como Estados Unidos, México e Argentina.
Um exemplo disso, é que a participação dos produtos brasileiros nas importações norte-amercanas, em 2008 e 2009 se manteve em 1,38%, praticamente a mesma participação de 2001, enquanto a presença da China avançou para 18,82%, no mesmo período, destacando sua presença nos setores de produtos químicos, caldeiras, máquinas, plásticos e alumínio.
Para especialistas, O Brasil se coloca em uma posição de desvantagem perante seus concorrentes, pela falta de uma política eficaz de incentivo à exportação. Falta empenho para alterar esta realidade.
Nesta competição, o país perde com uma carga excessiva de impostos, por não ter uma política forte de apoio à exportação e, principalmente, pela inexistência de infraestrutura.
Importante ressaltar que o Brasil é um grande exportador de commodities, ao contrário da China que vende mais produtos industrializados, com maior valor agregado. Resultado, produtos industrializados com maior valor agregado são mais valorizados do que commodities.
É bem verdade que a china pratica uma taxa de câmbio desvalorizada e que isso a favorece no comercio internacional baixando seus preços tornando-os competitivos com o resto do mundo. Assim, a China consegue maior controle na abertura de sua economia, com uma articulação de qualidade e competitividade.
Nas exportações para a Argentina, a participação brasileira recuou de 35,84% em 2005 para 29,9% em 2009. Em igual período, a fatia da chinesa cresceu de 4,93% para 12,4%.
A participação brasileira no México não ficou diferente. Caiu de 1,78% em 2008, para 1,60% em 2009. Neste mesmo período a China cresceu de 10,98% para 12,91%.

domingo, 21 de março de 2010

A Pechincha vai às Compras

Quando você vai às compras você tem o hábito de pechinchar? Pois é, saiba que embora não pareça, o brasileiro ainda não adquiriu totalmente o salutar hábito de pechinchar. Isso não aconteceu de fato, em nossa sociedade porque o brasileiro durante muito tempo conviveu com inflação elevada. Os mais novos não sabem, mas os preços dos produtos, aqui no Brasil, aumentavam todos os dias, o que era uma loucura!
Lembre-se que as lojas, nas não gostam de realizar descontos em compras a prazo, portanto, a pechincha fica para as compras à vista, quando o consumidor pede um brinde. Por exemplo, na compra de um carro o consumidor ganha um jogo de tapete ou a instalação de “insulfilm”, IPVA pago, o tanque de combustível cheio, um banco de couro ou até mesmo um desconto no preço do veículo.
Na cidade de São Paulo, onde mais se pechincha no país, as lojas acabam por incentivar a pechincha, principalmente, com propagandas do tipo: “não feche com outro sem fechar com a gente”. Repare que os juros em São Paulo são menores e que a competição empresarial é excessivamente maior que em outros estados e isso favorece o cliente, fazendo com que a barganha seja maior, evidenciando que competitividade é salutar para o consumidor.
Um desconto, principalmente, em produtos de maior volume de preço pode ajudar muito no orçamento do consumidor. Ou seja, uma redução de 10% no valor de uma geladeira, por exemplo, pode representar até 25% do salário de uma família de baixa renda.
Estudos mostram que a pesquisa de preços faz parte do processo de compras do paulistano. Assim, 77,5% dos entrevistados na cidade de São Paulo, afirmaram realizar pesquisas de valores em várias lojas antes de proceder à compra definitiva. O perfil das classes de consumidores que se utilizam de pesquisa de preços na cidade de São Paulo fica assim:
De 77,5% dos entrevistados afirmaram realizar pesquisas de valores antes de decidir comprar. As classes C e D lideram o hábito da pechincha, com 71,9 e 77,6% de adesão. Nas classes D e E, sobe para 81,6% o número de pessoas que realizam pesquisa em várias lojas. Entre os consumidores A e B, 66,3% costumam negociar descontos antes da compra.
Portanto, é bom chorar o preço na hora da compra, para não ter o desconforto de comprar o produto e ver um preço menor em outra loja.
Segundo os especialistas, o consumidor não precisa ter vergonha ao pedir desconto, pois, os produtos costumam sair de linha rapidamente e às vezes fica difícil para o comerciante vender o produto, onde caberia então a pechincha. Daí se um menor preço é bom para o consumidor, muitas vezes é bom também para o lojista.
Leve então, na ponta do lápis, o conselho do livro “Servidão Humana”, de Somerset Maugham, onde o professor aconselha seu discípulo a não pagar mais de um xelim pelo selim que se ganha.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Imposto de Renda - Oportunidade para Balanço Financeiro

É novamente tempo de acertar as contas com o “Leão”, o apelido do imposto de renda, que faz não apenas, referência à ganância do fisco em relação ao contribuinte, mas também, o de força e precisão no bote ao contribuinte mais malandro, e porque não dizer, do contribuinte sonegador, ou mesmo, do sonegador contumaz. Pois o animal Rei da Selva é símbolo do imposto, exatamente por estas preciosas características.
Desde primeiro de março a Receita Federal já vem recebendo a declaração do imposto de renda, que para muitos, é uma obrigação triste e chata, mas para aquele contribuinte mais comportado ou mesmo mais consciente é uma grande oportunidade de se fazer um grande balanço da vida financeira, tanto para pessoas físicas como para pessoas jurídicas.
Concentre então e perceba, que tudo o que a gente consegue medir tende a ser mais conhecido, mais elaborado, mais controlado, e por sua vez, melhorado. Administrar é medir. Por isso, aproveite e compare a sua situação patrimonial pessoal ou empresarial de 2008 com a sua situação patrimonial no final de 2009. Liste todos os bens e todas as suas dívidas. Calcule a diferença, conhecida como saldo e encontrará o valor real de sua riqueza líquida. Aproveite também para juntar toda a papelada que registra o movimento de sua vida financeira pessoal ou empresarial como extratos bancários, recibos de despesas dedutíveis, etc. Veja também os comprovantes de bens móveis e imóveis adquiridos ou vendidos no período e todos aqueles outros documentos necessários para realização de uma boa declaração.
Coletando tudo em seu computador, em poucos minutos, descobrirá o tamanho de sua riqueza. E melhor ainda, vai poder medir se você ou sua empresa tem enriquecido ou empobrecido. Se a notícia for ruim, isto é, se você ou sua empresa estiver entre aqueles que perderam nos últimos meses, prepare-se para fazer um perfeito diagnóstico e levar a sério uma receita de mudança. Lembre-se, este é um bom momento para monitorar melhor os seus gastos ou de sua empresa e se preparar para encarar um orçamento de verdade.
Talvez seja o momento exato para você se livrar dos gastos não necessários ou então para pensar numa mudança mais radical, por exemplo, arrumar uma atividade extra, ou mesmo mudar de profissão, isso, do lado pessoal.
Do lado empresarial é momento de trabalhar melhor os custos, fazer um bom planejamento tributário e procurar aumentar suas receitas através de seu volume de vendas.
O convite é para que você pessoa física ou você pessoa jurídica, possa fazer de sua declaração de imposto de renda, um momento, não somente de se ajustar as contas com o fisco, mas também, um momento de se organizar mais e mais e assim poder desfrutar no futuro, de muitos e muitos anos de bem com o fisco e, porque não dizer, de bem com você mesmo.