A crise financeira mundial, que muitos chamam de pós-crise, ainda está latente, trazendo problemas a muitos países e agora vem batendo na Europa, mais notadamente na Grécia, Portugal e Espanha.
O que conta atualmente, após a primeira fase da crise é a possibilidade de desestruturação financeira das nações, ou seja, qual é o nível de endividamento dos países, ou como dizem os economistas, qual o déficit público, capaz de disparar a percepção de risco dos investidores globais?
Segundo especialistas, não há risco de que a crise na Grécia possa contagiar a zona do euro, pois, com o aval da união européia, mais precisamente de países como a França e Alemanha, voltaria a credibilidade na região, apaziguando assim, os investidores que recentemente fizeram o repique nas Bolsas de Valores de todo o mundo. Portanto, apesar das dúvidas, os países da zona do euro não enfrentam risco de serem contagiados pela crise de dívida e déficit que aflige Grécia, Portugal e Espanha. Assim, embora o estado das finanças públicas dos três países seja preocupante, realmente não há contágio em outros membros do bloco que se constitui de 16 países.
Os mercados financeiros da zona do euro estão agitados desde dezembro do ano passado, depois que as três agências principais de classificação de risco do mundo Fitch, Moody's e Standard and Poor's, que avaliam o valor do crédito de dívidas de governos e companhias, rebaixaram o rating da dívida soberana da Grécia, expressando dúvidas se as autoridades gregas seriam capazes de limitar os gastos públicos.
A pergunta é: será que a Grécia seria capaz de tomar medidas para melhorar a situação? As dúvidas persistem porque o país nunca seguiu de verdade as diretrizes da Europa, e nunca respeitou os pactos de estabilidade monetária e econômica da União Européia.
Diante das evidências de que a crise financeira ainda afeta Grécia, Portugal e Espanha, as medidas de estímulo econômico devem permanecer a postos. É crucial, que planos de estímulos, sejam buscados, pois as taxas de crescimento desses países, projetadas para 2010 continuam muito fracas.
Daí, Grécia, Portugal e Espanha, ficarem pressionados pelos mercados financeiros a reduzirem os seus déficits públicos.
O cenário se torna preocupante, quando se pergunta: qual país seria o primeiro da fila em uma possível nova rodada de dificuldades?
Especialistas, mais moderados, preferem esperar pela apresentação do Programa de Estabilização e Crescimento de ambos os países para tirar conclusões mais definitivas, embora as medidas tenham o calibre de “ousadas” para correção dos déficits.
A dificuldade fica por conta de cortar gastos públicos onde existe um elevado grau de desemprego. Na verdade, houve falta de disciplina fiscal, que em outras palavras, podemos dizer ocultou-se a irresponsabilidade através da chamada contabilidade criativa.
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