A língua é um fenômeno individual que, em virtude do seu processo de evolução, acaba transformando-se num fenômeno social e coletivo.
Uma pessoa que vivesse afastada da civilização não teria como desenvolver a sua faculdade de falar; a sua linguagem permaneceria rudimentar, não evoluiria, por inexistirem as condições de estímulo do ambiente.
Uma pessoa que vive num ambiente atrasado não tem facilidade de externar seu pensamento, sente enorme dificuldade para concatenar as idéias, e seu exíguo vocabulário é uma agravante no processo da comunicação.
A língua de um povo é o reflexo da sua cultura, do seu desenvolvimento, do grau de progresso que alcançou; ela evolui na medida exata da evolução do povo que a fala.
Nos ambientes cultos, os indivíduos se esforçam para aprimorar a sua língua, revestindo os pensamentos de maneira elegante; no meio inculto, de outro lado, a linguagem é questão de quinta importância, o léxico, por isso mesmo, é pobre, e as deturpações e os vícios são freqüentes. Os indivíduos não sentem necessidade de enriquecer o seu vocabulário, porque o horizonte de suas aspirações, bem como o das suas idéias, é bastante próximo, talvez um palmo adiante do nariz.
O ambiente é fator primordial para caracterizar a língua e a linguagem do falante. Dois irmãos criados em meios diferentes acabariam, inevitavelmente, falando de modo diferente.
Se o meio constitui fator importante na aquisição e desenvolvimento de uma linguagem mais apurada, de um vocabulário maior e mais preciso, destinemos o nosso tempo a leituras que realmente nos levem a evoluir, a alargar a fronteira de nossos horizontes.
Não sejamos como o lago, satisfeito dentro dos seus próprios limites, mas sim como o oceano, procuremos abrir-nos para a conquista do horizonte infinito.
Fonte: Prof. Luiz Antônio Sacconi.
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