domingo, 13 de dezembro de 2009

Dando a Volta por Cima

Dar a volta por cima, como dizia uma canção no passado, está em alta, porém, com um novo nome, ou seja, “resiliência” que é atualmente o diferencial competitivo de pessoas e organizações, principalmente, neste momento de pós-crise para alguns, saindo da crise para outros, e mesmo para aqueles que foram incorporados por outros durante a crise, assim como aqueles que, simplesmente, foram engolidos por ela.
Bem, podemos dizer que, a capacidade de se recobrar mais rapidamente diante de dificuldades e mudanças, aprender com os obstáculos e seguir adiante faz toda a diferença na vida pessoal, no trabalho, como também na perenidade das empresas.
Se alguns indivíduos trazem consigo características que favorecem a resiliência, para as organizações essa é uma capacidade a ser conquistada, com planejamento e de forma estruturada. O mais recente teste de fogo que flagrou a todos, é a crise financeira mundial, que ainda está sendo enfrentada e absorvida, com maior rapidez, por aquelas companhias que já vinham adotando uma agenda voltada ao desenvolvimento da resiliência, tanto do ponto de vista do negócio em si, quanto das pessoas, e em especial das lideranças.
Para Adriana Fellipelli, “a mudança e a imprevisibilidade, fazem parte da vida. Indivíduos resilientes enxergam as incertezas não como exceção, mas sim como regra, o que ganha importância em um mundo cada vez mais instável e em constante transformação. Com a crise financeira global, a capacidade de enfrentar os reveses e de se recompor rapidamente torna-se decisiva para uma travessia menos turbulenta e com maiores chances de sucesso.
Nas organizações, o papel das lideranças é fundamental para desenvolver a resiliência das pessoas e do próprio negócio. Toda mudança, ainda que positiva, produz ansiedade e resistência. A comunicação clara, feita o quanto antes e mantida durante todo o processo, permite minimizar resistências e obter o comprometimento das pessoas. Não que a resiliência evite o sofrimento. Ela, no entanto, é capaz de abreviar o tempo necessário para se recobrar diante das adversidades, permitindo um aprendizado útil para novos desafios que, certamente, surgirão pelo caminho”.
Portanto, para Luiz Vieira, “a resiliência está relacionada à proatividade. Ou seja, diz respeito à forma como uma pessoa ou uma empresa reage diante de uma situação de risco ou de mudança. É uma capacidade vital em um cenário como o da crise financeira que se instalou no mundo. Portanto, a atitude de resiliência serve de anteparo para as organizações que já vinham trabalhando em uma agenda voltada à construção dessa resiliência no âmbito corporativo. Essas companhias tendem a sofrer menos e se recompor de forma mais rápida. Para desenvolver a resiliência, as empresas devem cuidar da segurança das pessoas, do negócio principal e de suas conexões com o mercado. Precisam também apurar a sensibilidade para reagir prontamente e, mais do que isso, antever as mudanças. Devem, ainda, liberar recursos para investir em inovação, o que aumenta o potencial de resistir e transpor os obstáculos com maior facilidade. Tudo isso, no entanto, tem de ser feito de forma preventiva, antes da crise ou no início da crise. Não é em meio ao turbilhão que se constrói a resiliência – mas talvez seja nesse momento que se evidencie o diferencial competitivo que ela pode representar para um organização”.
Pense nisso!

Um comentário:

  1. Sergio, interessante!
    Hoje um amigo me indagou a respeito da ansiedade de liquidar os efeitos da crise, e citou com certa admiração um empresário e a forma dele lidar com a crise, fiz uma observação direta e citei a “experiência”. O que nos transforma em indivíduos ansiosos, é não conseguirmos nos posicionar diante de ciclos que a vida empresarial que nos prega. Quem já experiênciou plano Collor, Sarney, e outros já contem elementos suficientes para entender o posicionamento exigindo nestes difíceis momentos de incertezas, a resiliência vem deste calejar que a vida nos proporciona. Outro elemento crucial são os valores implementados na organização, aquele velho dilema: futuro x liquidez, apostar no futuro e colher mais tarde ou aferir resultados rápidos sem, conferir a organização uma estrutura “robusta” para suportar os momentos de incertezas. Acredito que as empresas pautadas em valores e princípios saldáveis digo, contemplando toda a organização, estas estão mais preparadas para passar, e outras baseada no capital, não trazem elementos necessários para suportar os trancos das crises, não podemos esquecer que é só mais uma crise e outras virão.

    Antônio José Moreira
    Graduado em Marketing e Propaganda
    Diretor FACEME Ltda
    E-mail: diretoria@faceme.com.br
    www.faceme.com.br

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