É Natal outra vez. E outra vez, somos chamados à renovação, com a comemoração da chegada do Menino Deus em nossas vidas e em nossos corações.
São bonitas palavras, mas que de nada valem se a gente não se dispuser a ser os condutores de nossas próprias vidas, de nosso destino, de nossos sonhos.
Por isso, colhi de um autor desconhecido o seguinte texto, que começa assim:
PROMETA-SE:
. ser tão forte que nada possa perturbar sua paz de espírito;
. falar de saúde, felicidade e prosperidade para todas as pessoas
que você conhecer;
. fazer com que todos os seus amigos se sintam importantes;
. olhar sempre o lado positivo de tudo e fazer seu otimismo
florescer;
. pensar somente no melhor, trabalhar somente para o melhor e
esperar sempre pelo melhor na sua vida;
. ser tão entusiástico a respeito do sucesso dos outros quanto aos
seus;
. esquecer dos erros do passado e esforçar-se para maiores
conquistas no futuro;
. ostentar uma expressão alegre e animada em qualquer situação
e dar um sorriso franco a cada criatura humana que encontrar;
. dedicar bastante tempo à sua própria valorização ao ponto de
não ter tempo para criticar seus semelhantes;
. ter mente tão ampla para aborrecimentos, tão nobre para ódios,
tão forte para anseios e ser tão feliz para permitir a presença
dos problemas.
domingo, 20 de dezembro de 2009
domingo, 13 de dezembro de 2009
Dando a Volta por Cima
Dar a volta por cima, como dizia uma canção no passado, está em alta, porém, com um novo nome, ou seja, “resiliência” que é atualmente o diferencial competitivo de pessoas e organizações, principalmente, neste momento de pós-crise para alguns, saindo da crise para outros, e mesmo para aqueles que foram incorporados por outros durante a crise, assim como aqueles que, simplesmente, foram engolidos por ela.
Bem, podemos dizer que, a capacidade de se recobrar mais rapidamente diante de dificuldades e mudanças, aprender com os obstáculos e seguir adiante faz toda a diferença na vida pessoal, no trabalho, como também na perenidade das empresas.
Se alguns indivíduos trazem consigo características que favorecem a resiliência, para as organizações essa é uma capacidade a ser conquistada, com planejamento e de forma estruturada. O mais recente teste de fogo que flagrou a todos, é a crise financeira mundial, que ainda está sendo enfrentada e absorvida, com maior rapidez, por aquelas companhias que já vinham adotando uma agenda voltada ao desenvolvimento da resiliência, tanto do ponto de vista do negócio em si, quanto das pessoas, e em especial das lideranças.
Para Adriana Fellipelli, “a mudança e a imprevisibilidade, fazem parte da vida. Indivíduos resilientes enxergam as incertezas não como exceção, mas sim como regra, o que ganha importância em um mundo cada vez mais instável e em constante transformação. Com a crise financeira global, a capacidade de enfrentar os reveses e de se recompor rapidamente torna-se decisiva para uma travessia menos turbulenta e com maiores chances de sucesso.
Nas organizações, o papel das lideranças é fundamental para desenvolver a resiliência das pessoas e do próprio negócio. Toda mudança, ainda que positiva, produz ansiedade e resistência. A comunicação clara, feita o quanto antes e mantida durante todo o processo, permite minimizar resistências e obter o comprometimento das pessoas. Não que a resiliência evite o sofrimento. Ela, no entanto, é capaz de abreviar o tempo necessário para se recobrar diante das adversidades, permitindo um aprendizado útil para novos desafios que, certamente, surgirão pelo caminho”.
Portanto, para Luiz Vieira, “a resiliência está relacionada à proatividade. Ou seja, diz respeito à forma como uma pessoa ou uma empresa reage diante de uma situação de risco ou de mudança. É uma capacidade vital em um cenário como o da crise financeira que se instalou no mundo. Portanto, a atitude de resiliência serve de anteparo para as organizações que já vinham trabalhando em uma agenda voltada à construção dessa resiliência no âmbito corporativo. Essas companhias tendem a sofrer menos e se recompor de forma mais rápida. Para desenvolver a resiliência, as empresas devem cuidar da segurança das pessoas, do negócio principal e de suas conexões com o mercado. Precisam também apurar a sensibilidade para reagir prontamente e, mais do que isso, antever as mudanças. Devem, ainda, liberar recursos para investir em inovação, o que aumenta o potencial de resistir e transpor os obstáculos com maior facilidade. Tudo isso, no entanto, tem de ser feito de forma preventiva, antes da crise ou no início da crise. Não é em meio ao turbilhão que se constrói a resiliência – mas talvez seja nesse momento que se evidencie o diferencial competitivo que ela pode representar para um organização”.
Pense nisso!
Bem, podemos dizer que, a capacidade de se recobrar mais rapidamente diante de dificuldades e mudanças, aprender com os obstáculos e seguir adiante faz toda a diferença na vida pessoal, no trabalho, como também na perenidade das empresas.
Se alguns indivíduos trazem consigo características que favorecem a resiliência, para as organizações essa é uma capacidade a ser conquistada, com planejamento e de forma estruturada. O mais recente teste de fogo que flagrou a todos, é a crise financeira mundial, que ainda está sendo enfrentada e absorvida, com maior rapidez, por aquelas companhias que já vinham adotando uma agenda voltada ao desenvolvimento da resiliência, tanto do ponto de vista do negócio em si, quanto das pessoas, e em especial das lideranças.
Para Adriana Fellipelli, “a mudança e a imprevisibilidade, fazem parte da vida. Indivíduos resilientes enxergam as incertezas não como exceção, mas sim como regra, o que ganha importância em um mundo cada vez mais instável e em constante transformação. Com a crise financeira global, a capacidade de enfrentar os reveses e de se recompor rapidamente torna-se decisiva para uma travessia menos turbulenta e com maiores chances de sucesso.
Nas organizações, o papel das lideranças é fundamental para desenvolver a resiliência das pessoas e do próprio negócio. Toda mudança, ainda que positiva, produz ansiedade e resistência. A comunicação clara, feita o quanto antes e mantida durante todo o processo, permite minimizar resistências e obter o comprometimento das pessoas. Não que a resiliência evite o sofrimento. Ela, no entanto, é capaz de abreviar o tempo necessário para se recobrar diante das adversidades, permitindo um aprendizado útil para novos desafios que, certamente, surgirão pelo caminho”.
Portanto, para Luiz Vieira, “a resiliência está relacionada à proatividade. Ou seja, diz respeito à forma como uma pessoa ou uma empresa reage diante de uma situação de risco ou de mudança. É uma capacidade vital em um cenário como o da crise financeira que se instalou no mundo. Portanto, a atitude de resiliência serve de anteparo para as organizações que já vinham trabalhando em uma agenda voltada à construção dessa resiliência no âmbito corporativo. Essas companhias tendem a sofrer menos e se recompor de forma mais rápida. Para desenvolver a resiliência, as empresas devem cuidar da segurança das pessoas, do negócio principal e de suas conexões com o mercado. Precisam também apurar a sensibilidade para reagir prontamente e, mais do que isso, antever as mudanças. Devem, ainda, liberar recursos para investir em inovação, o que aumenta o potencial de resistir e transpor os obstáculos com maior facilidade. Tudo isso, no entanto, tem de ser feito de forma preventiva, antes da crise ou no início da crise. Não é em meio ao turbilhão que se constrói a resiliência – mas talvez seja nesse momento que se evidencie o diferencial competitivo que ela pode representar para um organização”.
Pense nisso!
domingo, 6 de dezembro de 2009
Ética e Cidadania, uma prática a pensar…
Prezado leitor, diante de tudo o que vimos pelas imagens da tv, referentes aos acontecimentos na governança ou desgovernança no Distrito Federal, para ser bastante didático, e não dizer o que todos nós sabemos de nossos governantes, resolvi escrever um pouco sobre o tema Ética e Cidadania.
São conceitos interessantes, mutáveis com o tempo, mas a sua essência se faz através de nossos valores pessoais, que nos sustentam como pessoa, como grupo, como estado, e principalmente, como nação.
Não é uma tarefa fácil falar sobre esse assunto, pois o tema envolve uma teorização filosófica e que não permite palavras de entendimento rápido, pelo contrário, requer um pouco de atenção, um pouco de meditação, mas, ao acabarmos de ler sobre esse assunto, estaremos mais informados, mais leves e, principalmente, mais confortados ou desconfortados conosco mesmo, pois ao nos avaliarmos, em meio ao nosso cotidiano, em meio à sociedade a qual pertencemos, em meio ao relacionamento com nossos pares nesta mesma sociedade, com nossos filhos, com nossa família, em nossa escola, etc., faremos talvez, uma prestação de contas de nossos atos, conosco mesmo, se assim posso dizer.
Pois, bem, o que vem a ser ética então?
Ética deve ser entendida como reflexão, estudo, moral dos seres humanos cuja legitimação se baseia na sua racionalidade, já que é impossível uma vida social sem normas preestabelecidas para um convívio em harmonia. Assim, é através da discussão democrática de princípios da convivência humana, que poderá ser estabelecida em boas ou más condutas sociais e individuais, normas válidas para todos que vivem em sociedade a fim de alcançar a harmonia e felicidade humana.
A ética é importante para a boa estruturação de uma sociedade e a sua falta pode provocar a autodestruição dessa própria sociedade em mutação. Atualmente, a comunicação em massa, principalmente à televisão, é responsável por um processo de degradação social com a transformação de vários valores ligados à vida, e ao modo como as pessoas se relacionam. A televisão tornou-se mais influente na transmissão de conceitos éticos e formação das pessoas, principalmente das crianças, do que a escola ou mesmo a família. Interessante perceber como tudo na televisão é banal, banaliza-se a vida, a violência, o sexo, casamento, provocando assim, uma inversão de valores, que é prejudicial ao indivíduo e à sociedade. Para especialistas, faz-se necessário, não uma censura, mas um maior controle, para que seja veiculada uma programação de qualidade na televisão, pois ela tem servido como um grande potencial de formador de opinião. Não é difícil, portanto, perceber que os grandes apresentadores de programas em horários nobres, têm muito mais força política e social de influência, do que, os próprios políticos naturais eleitos, para não dizer os pais.
Antes de aprofundar a discussão, é preciso distinguir ética e moral. Embora se confundam, há um acordo entre os estudiosos de que essas palavras têm significados distintos. A moral é constituída pelos juízos de valor, costumes e crenças de um povo, enquanto a ética é o estudo da ação humana e de suas conseqüências.
Isso indica que a moral é formada pelos hábitos, pela forma de encarar a vida e pelos costumes de um povo. Por isso, a moral pode variar: o que é moralmente correto para um povo, pode não ser para outro. Severino afirmou que a moral "é o conjunto de prescrições vigentes numa determinada sociedade e consideradas como critérios válidos para a orientação do agir de todos os membros dessa sociedade" (SEVERINO, 1997).
O mesmo ocorre com a ética: ela evolui, é aperfeiçoada ao longo do tempo. Com as transformações históricas, surge a necessidade de transformações éticas. Sabemos que uma ação é injusta porque temos uma idéia de justiça construída e aperfeiçoada ao longo da história que nos habilita a julgá-la como tal. Assim, a escravidão foi considerada normal entre os gregos e entre os nossos colonizadores. Foram precisos séculos para que a escravidão fosse definitivamente abolida do planeta (ou, pelo menos, universalmente considerada como repugnante). Hoje em dia, não há país que defenda pública e oficialmente a escravidão: todos os povos sabem que a liberdade alheia deve ser respeitada. Isso mostra que o nosso ideal ético evolui ao longo da história.
Há, no entanto, valores que devem permanecer, pois são fundamentais para a sobrevivência da sociedade. A liberdade, o respeito à diferença, a indiscriminação, e a preservação ambiental, são exemplos de valores fundamentais para o nosso tempo, sem os quais colocamos o mundo em risco.
Infelizmente, a ética está em falta em nosso meio. Empresas, jornais, escolas e governos valorizam, cada vez mais, pessoas que se importam mais com o Ter do que com Ser.
Considerando a grande crise política que vive o mundo, a miséria de dois terços do planeta, a conduta irresponsável das grandes potências, a atual crise ecológica, além de vários outros fatores preocupantes, pode-se perceber que a ética, mais do que nunca, é essencial.
A ética não se reduz apenas a seu aspecto social, pois à medida que desenvolvemos nossa reflexão crítica passamos a questionar os valores herdados, para então decidir se aceitamos ou não às normas. A decisão de acatar uma determinada norma é sempre fruto de uma reflexão pessoal consciente, que pode ser chamada de interiorização. É essa interiorização das normas que qualifica um ato como sendo moral. Por exemplo: existe uma norma no código de trânsito que nos proíbe de buzinar diante de um hospital. Podemos cumpri-la por razões íntimas, pela consciência de que os doentes sofrem com isso. Nesse caso houve a interiorização da norma e o ato é um ato moral. Mas, se apenas seguimos a norma por medo das punições previstas pelo código de trânsito, não houve o processo de interiorização e meu ato escapa do campo moral.
Mas, então, todas e quaisquer normas morais são legítimas? Não deveria existir alguma forma de julgamento da validade das morais? Existe, e essa forma é o que chamamos de ética. A ética é uma reflexão crítica sobre a moralidade. Mas ela não é puramente teoria. A ética é um conjunto de princípios e disposições voltados para a ação, historicamente produzidos, cujo objetivo é balizar as ações humanas. A ética existe como uma referência para os seres humanos em sociedade, de modo tal que a sociedade possa se tornar cada vez mais humana. A ética pode e deve ser incorporada pelos indivíduos, sob a forma de uma atitude diante da vida cotidiana, capaz de julgar criticamente os apelos a-críticos da moral vigente.
A ética está relacionada à opção, ao desejo de realizar a vida, mantendo com os outros, relações justas e aceitáveis. Via de regra, está fundamentada nas idéias de bem e virtude, enquanto valores perseguidos por todo ser humano e cujo alcance se traduz numa existência plena e feliz.
Bem, mas cidadania, o que vem a ser?
Ser cidadão é respeitar e participar das decisões da sociedade para melhorar suas vidas e a de outras pessoas. Ser cidadão é nunca se esquecer das pessoas que mais necessitam. A cidadania deve ser divulgada através de instituições de ensino e meios de comunicação para o bem estar e desenvolvimento da nação.
A cidadania consiste desde o gesto de não jogar papel na rua, não pichar os muros, respeitar os sinais e placas, respeitar os mais velhos (assim como todas às outras pessoas), não destruir telefones públicos, saber dizer obrigado, desculpe, por favor e bom dia, quando necessário, assim como, até saber lidar com o abandono e a exclusão das pessoas necessitadas, o direito das crianças carentes e outros grandes problemas que enfrentamos em nosso país. "A revolta é o último dos direitos a que deve um povo livre para garantir os interesses coletivos: mas é também o mais imperioso dos deveres impostos aos cidadãos•".
A história da cidadania confunde-se em muito com a história das lutas pelos direitos humanos. A cidadania esteve e está em permanente construção; é um referencial de conquista da humanidade, através daqueles que sempre lutam por mais direitos, maior liberdade, melhores garantias individuais e coletivas, e não se conformam frente às dominações arrogantes, seja do próprio Estado ou de outras instituições ou pessoas que não desistem de privilégios, de opressão e de injustiças contra uma maioria desassistida e que não se consegue fazer ouvir, exatamente por que se lhe nega a cidadania plena cuja conquista, ainda que tardia, não será obstada. Ser cidadão é ter consciência de que é sujeito de direitos. Direitos à vida, à liberdade, à propriedade, à igualdade, enfim, direitos civis, políticos e sociais. Mas este é um dos lados da moeda. Cidadania pressupõe também deveres. O cidadão tem de ser cônscio das suas responsabilidades enquanto parte integrante de um grande e complexo organismo que é a coletividade, a nação, o Estado, para cujo bom funcionamento todos têm de dar sua parcela de contribuição. Somente assim se chega ao objetivo final, coletivo: a justiça em seu sentido mais amplo, ou seja, o bem comum.
Assim, é importante que, estejamos prontos para discutir e refletir sobre a necessidade que a ética e a cidadania têm na formação de uma sociedade sadia.
Uma adaptação de Osmir A. Cruz.
São conceitos interessantes, mutáveis com o tempo, mas a sua essência se faz através de nossos valores pessoais, que nos sustentam como pessoa, como grupo, como estado, e principalmente, como nação.
Não é uma tarefa fácil falar sobre esse assunto, pois o tema envolve uma teorização filosófica e que não permite palavras de entendimento rápido, pelo contrário, requer um pouco de atenção, um pouco de meditação, mas, ao acabarmos de ler sobre esse assunto, estaremos mais informados, mais leves e, principalmente, mais confortados ou desconfortados conosco mesmo, pois ao nos avaliarmos, em meio ao nosso cotidiano, em meio à sociedade a qual pertencemos, em meio ao relacionamento com nossos pares nesta mesma sociedade, com nossos filhos, com nossa família, em nossa escola, etc., faremos talvez, uma prestação de contas de nossos atos, conosco mesmo, se assim posso dizer.
Pois, bem, o que vem a ser ética então?
Ética deve ser entendida como reflexão, estudo, moral dos seres humanos cuja legitimação se baseia na sua racionalidade, já que é impossível uma vida social sem normas preestabelecidas para um convívio em harmonia. Assim, é através da discussão democrática de princípios da convivência humana, que poderá ser estabelecida em boas ou más condutas sociais e individuais, normas válidas para todos que vivem em sociedade a fim de alcançar a harmonia e felicidade humana.
A ética é importante para a boa estruturação de uma sociedade e a sua falta pode provocar a autodestruição dessa própria sociedade em mutação. Atualmente, a comunicação em massa, principalmente à televisão, é responsável por um processo de degradação social com a transformação de vários valores ligados à vida, e ao modo como as pessoas se relacionam. A televisão tornou-se mais influente na transmissão de conceitos éticos e formação das pessoas, principalmente das crianças, do que a escola ou mesmo a família. Interessante perceber como tudo na televisão é banal, banaliza-se a vida, a violência, o sexo, casamento, provocando assim, uma inversão de valores, que é prejudicial ao indivíduo e à sociedade. Para especialistas, faz-se necessário, não uma censura, mas um maior controle, para que seja veiculada uma programação de qualidade na televisão, pois ela tem servido como um grande potencial de formador de opinião. Não é difícil, portanto, perceber que os grandes apresentadores de programas em horários nobres, têm muito mais força política e social de influência, do que, os próprios políticos naturais eleitos, para não dizer os pais.
Antes de aprofundar a discussão, é preciso distinguir ética e moral. Embora se confundam, há um acordo entre os estudiosos de que essas palavras têm significados distintos. A moral é constituída pelos juízos de valor, costumes e crenças de um povo, enquanto a ética é o estudo da ação humana e de suas conseqüências.
Isso indica que a moral é formada pelos hábitos, pela forma de encarar a vida e pelos costumes de um povo. Por isso, a moral pode variar: o que é moralmente correto para um povo, pode não ser para outro. Severino afirmou que a moral "é o conjunto de prescrições vigentes numa determinada sociedade e consideradas como critérios válidos para a orientação do agir de todos os membros dessa sociedade" (SEVERINO, 1997).
O mesmo ocorre com a ética: ela evolui, é aperfeiçoada ao longo do tempo. Com as transformações históricas, surge a necessidade de transformações éticas. Sabemos que uma ação é injusta porque temos uma idéia de justiça construída e aperfeiçoada ao longo da história que nos habilita a julgá-la como tal. Assim, a escravidão foi considerada normal entre os gregos e entre os nossos colonizadores. Foram precisos séculos para que a escravidão fosse definitivamente abolida do planeta (ou, pelo menos, universalmente considerada como repugnante). Hoje em dia, não há país que defenda pública e oficialmente a escravidão: todos os povos sabem que a liberdade alheia deve ser respeitada. Isso mostra que o nosso ideal ético evolui ao longo da história.
Há, no entanto, valores que devem permanecer, pois são fundamentais para a sobrevivência da sociedade. A liberdade, o respeito à diferença, a indiscriminação, e a preservação ambiental, são exemplos de valores fundamentais para o nosso tempo, sem os quais colocamos o mundo em risco.
Infelizmente, a ética está em falta em nosso meio. Empresas, jornais, escolas e governos valorizam, cada vez mais, pessoas que se importam mais com o Ter do que com Ser.
Considerando a grande crise política que vive o mundo, a miséria de dois terços do planeta, a conduta irresponsável das grandes potências, a atual crise ecológica, além de vários outros fatores preocupantes, pode-se perceber que a ética, mais do que nunca, é essencial.
A ética não se reduz apenas a seu aspecto social, pois à medida que desenvolvemos nossa reflexão crítica passamos a questionar os valores herdados, para então decidir se aceitamos ou não às normas. A decisão de acatar uma determinada norma é sempre fruto de uma reflexão pessoal consciente, que pode ser chamada de interiorização. É essa interiorização das normas que qualifica um ato como sendo moral. Por exemplo: existe uma norma no código de trânsito que nos proíbe de buzinar diante de um hospital. Podemos cumpri-la por razões íntimas, pela consciência de que os doentes sofrem com isso. Nesse caso houve a interiorização da norma e o ato é um ato moral. Mas, se apenas seguimos a norma por medo das punições previstas pelo código de trânsito, não houve o processo de interiorização e meu ato escapa do campo moral.
Mas, então, todas e quaisquer normas morais são legítimas? Não deveria existir alguma forma de julgamento da validade das morais? Existe, e essa forma é o que chamamos de ética. A ética é uma reflexão crítica sobre a moralidade. Mas ela não é puramente teoria. A ética é um conjunto de princípios e disposições voltados para a ação, historicamente produzidos, cujo objetivo é balizar as ações humanas. A ética existe como uma referência para os seres humanos em sociedade, de modo tal que a sociedade possa se tornar cada vez mais humana. A ética pode e deve ser incorporada pelos indivíduos, sob a forma de uma atitude diante da vida cotidiana, capaz de julgar criticamente os apelos a-críticos da moral vigente.
A ética está relacionada à opção, ao desejo de realizar a vida, mantendo com os outros, relações justas e aceitáveis. Via de regra, está fundamentada nas idéias de bem e virtude, enquanto valores perseguidos por todo ser humano e cujo alcance se traduz numa existência plena e feliz.
Bem, mas cidadania, o que vem a ser?
Ser cidadão é respeitar e participar das decisões da sociedade para melhorar suas vidas e a de outras pessoas. Ser cidadão é nunca se esquecer das pessoas que mais necessitam. A cidadania deve ser divulgada através de instituições de ensino e meios de comunicação para o bem estar e desenvolvimento da nação.
A cidadania consiste desde o gesto de não jogar papel na rua, não pichar os muros, respeitar os sinais e placas, respeitar os mais velhos (assim como todas às outras pessoas), não destruir telefones públicos, saber dizer obrigado, desculpe, por favor e bom dia, quando necessário, assim como, até saber lidar com o abandono e a exclusão das pessoas necessitadas, o direito das crianças carentes e outros grandes problemas que enfrentamos em nosso país. "A revolta é o último dos direitos a que deve um povo livre para garantir os interesses coletivos: mas é também o mais imperioso dos deveres impostos aos cidadãos•".
A história da cidadania confunde-se em muito com a história das lutas pelos direitos humanos. A cidadania esteve e está em permanente construção; é um referencial de conquista da humanidade, através daqueles que sempre lutam por mais direitos, maior liberdade, melhores garantias individuais e coletivas, e não se conformam frente às dominações arrogantes, seja do próprio Estado ou de outras instituições ou pessoas que não desistem de privilégios, de opressão e de injustiças contra uma maioria desassistida e que não se consegue fazer ouvir, exatamente por que se lhe nega a cidadania plena cuja conquista, ainda que tardia, não será obstada. Ser cidadão é ter consciência de que é sujeito de direitos. Direitos à vida, à liberdade, à propriedade, à igualdade, enfim, direitos civis, políticos e sociais. Mas este é um dos lados da moeda. Cidadania pressupõe também deveres. O cidadão tem de ser cônscio das suas responsabilidades enquanto parte integrante de um grande e complexo organismo que é a coletividade, a nação, o Estado, para cujo bom funcionamento todos têm de dar sua parcela de contribuição. Somente assim se chega ao objetivo final, coletivo: a justiça em seu sentido mais amplo, ou seja, o bem comum.
Assim, é importante que, estejamos prontos para discutir e refletir sobre a necessidade que a ética e a cidadania têm na formação de uma sociedade sadia.
Uma adaptação de Osmir A. Cruz.
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