Nesta sexta-feira última, dia 2 de outubro, o Brasil, através da Cidade do Rio de Janeiro foi contemplado com a decisão do Comitê Olímpico Internacional como sede dos Jogos Olímpicos de 2016. Como sabem os leitores, com essa vitória a América do Sul receberá pela primeira vez uma Olimpíada em um de seus países, o que é um fato inédito e, portanto histórico, na era moderna dos jogos.
Para se chegar à vitória do Rio, foi utilizada como estratégia uma campanha de destaque da beleza natural da cidade, a hospitalidade do povo brasileiro, em especial do carioca, e mais recentemente, o fato de a economia brasileira ter sido menos afetada com a crise do que a de nossos concorrentes.
Festa no Rio, festa em todo Brasil. Festa também nos países sul americanos. Afinal a América do Sul, agora também faz parte do mundo!
Copenhague, na Dinamarca, palco da decisão, foi invadida por muitos cabos eleitorais de outros países concorrentes e de brasileiros, salientando o decidido engajamento do governo federal na campanha.
Agora, virá o pós-festa. A cidade do Rio de Janeiro terá que se preparar para superar os seus problemas como segurança, transporte, acomodação, etc.
Economicamente serão bem vindos os eventos da copa do mundo em 2014 e da olimpíada em 2016. Negócios proliferarão pelo país. Empresários locais e internacionais estarão na disputa acirrada por uma fatia desse bolo esportivo-financeiro de negócios, onde se calcula valores financeiros próximo aos US$ 40 bilhões.
É muita grana, porém, teremos que fazer o famoso dever de casa. Teremos que aproveitar esse vácuo para a nossa modernização, não somente a modernização da cidade palco do evento, mas também da modernização do país como um todo, e que o país seja pensado em todos os sentidos, para cristalizar a convivência pacífica, ordeira e desenvolvimentista de uma sociedade dita moderna.
O Brasil entrou definitivamente na agenda internacional e a isso cabe um toque especial e grandioso de civilidade, que ainda não atingimos. Com o olhar do mundo inteiro, não podemos mais conviver com atrapalhadas como as do Congresso Nacional, com os equívocos da nossa justiça interna, dentre elas a justiça eleitoral que insistentemente vem nos deslustrando. Precisamos sim, virar a página para o primeiro mundo e buscar na educação em massa a instrução que o brasileiro merece, mas não uma educação qualquer e sim uma educação libertadora, que faz com que sejamos melhores e, por conseguinte, faz também que o país seja melhor, muito melhor.
É preciso pensar grande. Os tempos mudaram e o país já não cabe mais em si mesmo e ganha com isso contornos geopolíticos maiores.
E isso nos inclui a todos, até mesmo cidades como a nossa que é grandiosa e teima em pensar pequeno, muito pequeno. Atualmente é preciso ter visão de mundo, visão de país, visão de estado e principalmente visão de município, célula mais importante do todo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário