Podemos considerar que nestes últimos dez anos a economia mundial mudou profundamente.
Essas mudanças começaram em 2001 quando a China entrou para a OMC (Organização Mundial do Comércio), o que fez alterar toda a ordem econômica global. Desta data em diante, a China passou a colocar um imenso volume de mão-de-obra disponível no mundo e somando-se a isso um enorme contingente humano com necessidade extrema de se alimentar. O resultado é que a demanda por commodities (mercadorias), não somente alimentação, assim como todos os metais, minerais, etc, que vão abastecer todo o pessoal chinês que sai do campo e se dirigem para as cidades. E esse êxodo rural forma um volume de necessidades que se destinarão à construção de casas, estradas, telecomunicações, etc., enfim, toda a infra-estrutura necessária à modernidade das cidades chinesas. Esse movimento fez aumentar a demanda por commodities (mercadorias) em todo o mundo. E isso beneficia os paises emergentes, em particular o Brasil com sua mega plataforma exportadora destes produtos. Além disso, a China inundou o mundo com produtos baratos. Neste contexto entra em cena também a Índia com seus serviços e daí serviços indianos e mercadorias baratas da china são encontrados em abundância em todas as partes do mundo.
O efeito desses movimentos ajudou a reduzir a inflação mundial, a partir de 2001 e juntamente com a queda da inflação cai também a taxa de juros no mundo. E o capital, algo em que o Brasil tinha dificuldade de conseguir e que na maioria das vezes era muito caro, ficou muito barato.
Portanto a taxa de juro caiu no mundo inteiro inclusive aqui no Brasil. O efeito desse movimento aqui para o Brasil, é que aquilo que a gente vende e sabe fazer bem ficou caro, e o que a gente precisa e tem que trazer de fora, através de importação, ficou mais barato.
Isso muda o Brasil completamente, colocando o país que era um dos retardatários do crescimento mundial, na liderança. Por exemplo, mesmo sem crescer quase nada, o Brasil esse ano deve ser o quinto ou sexto de melhor desempenho, e o coloca entre os trinta maiores países do mundo.
No próximo ano em que o PIB brasileiro deve crescer entre 5 e 6% , o país, provavelmente, vai ser o quarto país entre as trinta maiores economias de melhor desempenho no mundo.
Portanto, o mundo mudou e nos colocou em uma categoria melhor. Não porque, mais recentemente, tenhamos feito o nosso dever de casa ou as coisas acertadamente. Não. O mundo mudou a nosso favor e nos trouxe uma pecha da sorte.
Com a crise financeira internacional, os negócios murcharam no chamado primeiro mundo, e o que acontece agora é que os investidores internacionais estão procurando avidamente, contrabalançar suas perdas investindo nos países emergentes e, principalmente, aqui no Brasil. Não somente na bolsa de valores, mas também procurando todos aqueles novos projetos que virão com eventos como a copa do mundo, olimpíadas e também a exploração do pré-sal.
domingo, 25 de outubro de 2009
domingo, 18 de outubro de 2009
A Geração Pós-internet
Interessante, para as pessoas que nasceram no ano de 1995 a internet sempre existiu. Claro, pois foi exatamente em 1995, o ano de estréia de acesso comercial à internet aqui no Brasil. Isso aconteceu há um ano depois de a Netscape ter lançado seu navegador, que foi o software responsável pela popularização da World Wide Web.
Os internautas de hoje, fazem uso da internet antes de ir para a escola e depois de chegar da escola. Normalmente eles fazem pesquisas, ouvem músicas, conversam e jogam com seus colegas pelo MSN. Normalmente, fazem mais de uma atividade dessas ao mesmo tempo. Ou seja, ficam conectadas de duas a três horas por dia. A maioria deles, tem página no Orkut e passa mais tempo em frente ao computador que à televisão, a qual é assistida por volta de apenas uma hora por dia, normalmente antes de dormir, portanto, bem abaixo da média nacional, de quatro horas e cinqüenta e oito minutos por dia, segundo pesquisa do Ibope.
Ao redor do mundo alguns classificam o ano de 1982 como o primeiro ano dessa nova geração. Outros começam essa contagem a partir de 1985. Nos Estados Unidos, são chamados de geração M, de "multitarefa" ou de "mileniais". Contudo, fica evidente a mudança de comportamento trazida por esses jovens, quando comparados à geração anterior, com impactos profundos no mercado de tecnologia.
Lembrem-se: essa é a primeira geração que cresceu com internet e telefone celular. E um dos serviços que foi impactado pelo comportamento dessa geração é a telefonia fixa. Esses jovens acostumaram-se ao celular e às conversas via internet. Vêem o telefone fixo como um serviço desnecessário, pago pelos pais e disponível em casa. Para eles é natural usar o serviço via internet, sem precisar pagar por ele. Assim, o telefone fixo como é hoje, está com os dias contados, afirmam especialistas.
O número de telefones fixos no Brasil estacionou em 39 milhões desde 2002. Os celulares, por outro lado, fechou o mês de agosto de 2009, com 164,5 milhões de celulares e uma densidade de 85,9 celulares para cada 100 habitantes. Mesmo no celular, os jovens preferem as mensagens de texto ao serviço de voz.
No Brasil, a comunicação de dados, que inclui os torpedos, responde por 5% a 10% do faturamento das operadoras de celulares.
Existem outros jovens usuários do telefone celular que o utilizam principalmente para tirar fotos, assim como para mensagens e como despertador. Muitos, chegam a enviar três torpedos por dia. Outros não costumam fazer ligações, apenas falam ao celular quando os pais ou conhecidos ligam.
Os pequeninos de sete anos de idade ou mais, sentem mais falta da internet do que da TV, quando os serviços saem do ar.
A TV tradicional também vai desaparecer, acreditam os especialistas. Os “mileniais” não têm paciência para ficar muito tempo na frente da televisão. Eles preferem o computador, em que, além de assistirem a vídeos, podem fazer outras coisas ao mesmo tempo. Um exemplo claro disso é o sucesso do YouTube, pertencente ao Google. Todos os dias, internautas de todo o mundo mandam 65 mil vídeos pelo site e assistem a 100 milhões.
Consta-se que a geração multitarefa tem mais facilidade de resolver problemas coletivamente, via rede, enquanto a geração anterior, chamada geração X, era mais individualista. Essa geração já está se iniciando nas empresas e, portanto, será ela que estará à frente das empresas, o que deve trazer transformações em vários setores.
As crianças estão muito mais antenadas, e pela internet, acabam lendo e se inteirando mais do mundo adulto. É comum crianças e adolescentes se informarem de assuntos diversos pela internet e indagar aos pais sobre eles. A preocupação fica pela preferência do computador a sair, ou a brincar de futebol ou boneca. Mas essa é uma outra história, que cabe a nova psicologia resolver.
Os internautas de hoje, fazem uso da internet antes de ir para a escola e depois de chegar da escola. Normalmente eles fazem pesquisas, ouvem músicas, conversam e jogam com seus colegas pelo MSN. Normalmente, fazem mais de uma atividade dessas ao mesmo tempo. Ou seja, ficam conectadas de duas a três horas por dia. A maioria deles, tem página no Orkut e passa mais tempo em frente ao computador que à televisão, a qual é assistida por volta de apenas uma hora por dia, normalmente antes de dormir, portanto, bem abaixo da média nacional, de quatro horas e cinqüenta e oito minutos por dia, segundo pesquisa do Ibope.
Ao redor do mundo alguns classificam o ano de 1982 como o primeiro ano dessa nova geração. Outros começam essa contagem a partir de 1985. Nos Estados Unidos, são chamados de geração M, de "multitarefa" ou de "mileniais". Contudo, fica evidente a mudança de comportamento trazida por esses jovens, quando comparados à geração anterior, com impactos profundos no mercado de tecnologia.
Lembrem-se: essa é a primeira geração que cresceu com internet e telefone celular. E um dos serviços que foi impactado pelo comportamento dessa geração é a telefonia fixa. Esses jovens acostumaram-se ao celular e às conversas via internet. Vêem o telefone fixo como um serviço desnecessário, pago pelos pais e disponível em casa. Para eles é natural usar o serviço via internet, sem precisar pagar por ele. Assim, o telefone fixo como é hoje, está com os dias contados, afirmam especialistas.
O número de telefones fixos no Brasil estacionou em 39 milhões desde 2002. Os celulares, por outro lado, fechou o mês de agosto de 2009, com 164,5 milhões de celulares e uma densidade de 85,9 celulares para cada 100 habitantes. Mesmo no celular, os jovens preferem as mensagens de texto ao serviço de voz.
No Brasil, a comunicação de dados, que inclui os torpedos, responde por 5% a 10% do faturamento das operadoras de celulares.
Existem outros jovens usuários do telefone celular que o utilizam principalmente para tirar fotos, assim como para mensagens e como despertador. Muitos, chegam a enviar três torpedos por dia. Outros não costumam fazer ligações, apenas falam ao celular quando os pais ou conhecidos ligam.
Os pequeninos de sete anos de idade ou mais, sentem mais falta da internet do que da TV, quando os serviços saem do ar.
A TV tradicional também vai desaparecer, acreditam os especialistas. Os “mileniais” não têm paciência para ficar muito tempo na frente da televisão. Eles preferem o computador, em que, além de assistirem a vídeos, podem fazer outras coisas ao mesmo tempo. Um exemplo claro disso é o sucesso do YouTube, pertencente ao Google. Todos os dias, internautas de todo o mundo mandam 65 mil vídeos pelo site e assistem a 100 milhões.
Consta-se que a geração multitarefa tem mais facilidade de resolver problemas coletivamente, via rede, enquanto a geração anterior, chamada geração X, era mais individualista. Essa geração já está se iniciando nas empresas e, portanto, será ela que estará à frente das empresas, o que deve trazer transformações em vários setores.
As crianças estão muito mais antenadas, e pela internet, acabam lendo e se inteirando mais do mundo adulto. É comum crianças e adolescentes se informarem de assuntos diversos pela internet e indagar aos pais sobre eles. A preocupação fica pela preferência do computador a sair, ou a brincar de futebol ou boneca. Mas essa é uma outra história, que cabe a nova psicologia resolver.
domingo, 4 de outubro de 2009
Parabéns Rio de Janeiro, Parabéns Brasil!!!
Nesta sexta-feira última, dia 2 de outubro, o Brasil, através da Cidade do Rio de Janeiro foi contemplado com a decisão do Comitê Olímpico Internacional como sede dos Jogos Olímpicos de 2016. Como sabem os leitores, com essa vitória a América do Sul receberá pela primeira vez uma Olimpíada em um de seus países, o que é um fato inédito e, portanto histórico, na era moderna dos jogos.
Para se chegar à vitória do Rio, foi utilizada como estratégia uma campanha de destaque da beleza natural da cidade, a hospitalidade do povo brasileiro, em especial do carioca, e mais recentemente, o fato de a economia brasileira ter sido menos afetada com a crise do que a de nossos concorrentes.
Festa no Rio, festa em todo Brasil. Festa também nos países sul americanos. Afinal a América do Sul, agora também faz parte do mundo!
Copenhague, na Dinamarca, palco da decisão, foi invadida por muitos cabos eleitorais de outros países concorrentes e de brasileiros, salientando o decidido engajamento do governo federal na campanha.
Agora, virá o pós-festa. A cidade do Rio de Janeiro terá que se preparar para superar os seus problemas como segurança, transporte, acomodação, etc.
Economicamente serão bem vindos os eventos da copa do mundo em 2014 e da olimpíada em 2016. Negócios proliferarão pelo país. Empresários locais e internacionais estarão na disputa acirrada por uma fatia desse bolo esportivo-financeiro de negócios, onde se calcula valores financeiros próximo aos US$ 40 bilhões.
É muita grana, porém, teremos que fazer o famoso dever de casa. Teremos que aproveitar esse vácuo para a nossa modernização, não somente a modernização da cidade palco do evento, mas também da modernização do país como um todo, e que o país seja pensado em todos os sentidos, para cristalizar a convivência pacífica, ordeira e desenvolvimentista de uma sociedade dita moderna.
O Brasil entrou definitivamente na agenda internacional e a isso cabe um toque especial e grandioso de civilidade, que ainda não atingimos. Com o olhar do mundo inteiro, não podemos mais conviver com atrapalhadas como as do Congresso Nacional, com os equívocos da nossa justiça interna, dentre elas a justiça eleitoral que insistentemente vem nos deslustrando. Precisamos sim, virar a página para o primeiro mundo e buscar na educação em massa a instrução que o brasileiro merece, mas não uma educação qualquer e sim uma educação libertadora, que faz com que sejamos melhores e, por conseguinte, faz também que o país seja melhor, muito melhor.
É preciso pensar grande. Os tempos mudaram e o país já não cabe mais em si mesmo e ganha com isso contornos geopolíticos maiores.
E isso nos inclui a todos, até mesmo cidades como a nossa que é grandiosa e teima em pensar pequeno, muito pequeno. Atualmente é preciso ter visão de mundo, visão de país, visão de estado e principalmente visão de município, célula mais importante do todo.
Para se chegar à vitória do Rio, foi utilizada como estratégia uma campanha de destaque da beleza natural da cidade, a hospitalidade do povo brasileiro, em especial do carioca, e mais recentemente, o fato de a economia brasileira ter sido menos afetada com a crise do que a de nossos concorrentes.
Festa no Rio, festa em todo Brasil. Festa também nos países sul americanos. Afinal a América do Sul, agora também faz parte do mundo!
Copenhague, na Dinamarca, palco da decisão, foi invadida por muitos cabos eleitorais de outros países concorrentes e de brasileiros, salientando o decidido engajamento do governo federal na campanha.
Agora, virá o pós-festa. A cidade do Rio de Janeiro terá que se preparar para superar os seus problemas como segurança, transporte, acomodação, etc.
Economicamente serão bem vindos os eventos da copa do mundo em 2014 e da olimpíada em 2016. Negócios proliferarão pelo país. Empresários locais e internacionais estarão na disputa acirrada por uma fatia desse bolo esportivo-financeiro de negócios, onde se calcula valores financeiros próximo aos US$ 40 bilhões.
É muita grana, porém, teremos que fazer o famoso dever de casa. Teremos que aproveitar esse vácuo para a nossa modernização, não somente a modernização da cidade palco do evento, mas também da modernização do país como um todo, e que o país seja pensado em todos os sentidos, para cristalizar a convivência pacífica, ordeira e desenvolvimentista de uma sociedade dita moderna.
O Brasil entrou definitivamente na agenda internacional e a isso cabe um toque especial e grandioso de civilidade, que ainda não atingimos. Com o olhar do mundo inteiro, não podemos mais conviver com atrapalhadas como as do Congresso Nacional, com os equívocos da nossa justiça interna, dentre elas a justiça eleitoral que insistentemente vem nos deslustrando. Precisamos sim, virar a página para o primeiro mundo e buscar na educação em massa a instrução que o brasileiro merece, mas não uma educação qualquer e sim uma educação libertadora, que faz com que sejamos melhores e, por conseguinte, faz também que o país seja melhor, muito melhor.
É preciso pensar grande. Os tempos mudaram e o país já não cabe mais em si mesmo e ganha com isso contornos geopolíticos maiores.
E isso nos inclui a todos, até mesmo cidades como a nossa que é grandiosa e teima em pensar pequeno, muito pequeno. Atualmente é preciso ter visão de mundo, visão de país, visão de estado e principalmente visão de município, célula mais importante do todo.
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