A chamada Geração Y, nascida nos anos oitentas, chega às corporações com muita sede e a idéia de ascensão rápida. Eles têm pressa, gosto pelo risco e vontade de aprender. Em rede e afiados tecnologicamente, são questionadores, ambiciosos e imediatistas. Acostumados a um mundo em crescimento, esses talentos se deparam agora com um cenário de restrições, que afeta a lógica dos negócios e traz maiores desafios para a carreira.
Agora, diante da primeira grande crise, têm muito a aprender com aqueles que já estão na vida corporativa há mais tempo. Em contrapartida, também representam uma fonte de ensinamentos para as demais gerações. O valor de estabelecer o diálogo franco e uma interação eficaz com os jovens talentos é o que se espera para o futuro.
Interessante notar, que aqui no Brasil, a Geração Y chegou à fase adulta sem ter vivenciado a hiperinflação, a ditadura e o desemprego. Seus integrantes conheceram um país que saiu da condição de subdesenvolvido para ser alçado ao grupo dos emergentes, compondo o BRIC.
É uma geração com elevada auto-estima, ensinada a ser independente e a ter pressa – o que explica a irritação que sentem quando não são promovidos a gestores em dois anos. O imediatismo e o curto prazo fazem parte da realidade desses jovens, criados no mundo do “fast food”, do “drive-thru” e dos avanços tecnológicos. Arrojados e ambiciosos preferem agir a planejar e, com a crise, que ainda não nos deixou completamente, muito embora propagam-se por aí, terão de rever esse e outros aspectos do cotidiano Y. Como são da era do crédito fácil, tendem a se frustrar na nova conjuntura.
Ao descobrir que precisarão trabalhar muito mais, com menos recursos, vão se sentir impotentes. Nessa hora, a experiência dos mais velhos, que já passaram por outras crises, pode suavizar a travessia. Para as empresas, no entanto, o ideal é mesclar as gerações, entendendo suas diferenças de forma a promover um diálogo produtivo.
A diversidade, desde que explicitadas as contradições de visão de mundo de cada geração, é enriquecedora e decisiva no atual cenário.
Devemos notar que a crise econômica mundial está permitindo às empresas o redimensionamento de distorções e o ajuste de expectativas quanto a oportunidades de negócios, remunreração de executivos, velocidade da carreira, etc. É importante que a Geração Y compreenda que de nada adianta uma evolução meteórica sem sustentação.
As grandes empresas têm utilizado uma combinação de gerações que se interagem de forma harmoniosa, onde os valores corporativos se equalizam e dão sustentação à convivência de todos, independentemente de gênero, idade ou outro fator de diferenciação.
Com mais jovens nas empresas, é preciso trabalhar a contraposição entre a pressa característica desse grupo e a calma necessária para um crescimento sustentável. Já para os mais antigos, a velocidade da Geração Y serve de estímulo para se sair da zona de conforto, o que permite imprimir mais agilidade aos negócios e às tomadas de decisão.
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
domingo, 13 de setembro de 2009
A Inexistente Logística Brasileira
Com o advento da chamada globalização, da internacionalização da economia, dos avanços tecnológicos, da redução do ciclo de vida dos produtos e da necessidade cada vez maior de se promover o encurtamento entre empresas e clientes, surge a logística como a grande ferramenta de estratégia negocial.
A logística teve grande impulso durante as grandes guerras com o desafio de suprir e fazer chegar aos cenários de combate os produtos destinados à sobrevivência dos combatentes como alimentação e remédios. Seu aparecimento se deu nos anos de 1330, com a empresa austríaca “Irmãos Weiss”, a mais antiga operadora de logística do mundo.
Assim como nos cenários adversos das guerras, o mundo precisa ser abastecido com produtos que irão satisfazer as necessidades da humanidade. Assim, resolver os graves problemas mundiais também é uma questão de logística.
No Brasil, um país de dimensões continentais não é diferente. Assim como na adversidade das guerras teremos que ser capazes de construírmos uma logística que atenda aos interesses nacionais e, por conseguinte, aos interesses empresariais, pois, estados brasileiros com insuficiência logística têm perdido investimentos dentro da dinâmica moderna da economia.
Analisando os modais brasileiros podemos dizer que estão em frangalhos e, portanto, é um tremendo problema que se bem observado, se transforma em uma das maiores oportunidades empresariais e profissionais do momento, pois os negócios de logística envolvem 15% do PIB brasileiro, algo em torno de US$ 236 milhões, com efeito multiplicador dentro da economia.
O maior centro logístico do país hoje está com a Vale Logística, uma empresa da Companhia Vale com oito terminais portuários, sistema integrado de ferrovias e atendimento focado, principalmente, ao setor siderúrgico.
A malha portuária brasileira atualmente é de pequeno porte. As grandes empresas têm buscado então a alternativa de terminais de cargas próprios, com maior capacidade de armazenamento, utilizando-se assim de custos menores, pois, os custos nacionais comparados com o exterior são elevadíssimos. Enquanto a média internacional atinge a faixa de US$ 90 a US$ 100, por aqui os custos giram em torno de US$ 80 a US$ 170, com uma concentração nos portos do sudeste e sul, em detrimento dos portos do nordeste e norte.
As rodovias estão em péssimo estado de conservação o que não somente dificulta a distribuição dos produtos como também os tornam mais caros. As únicas malhas rodoviárias que estão em melhores condições são os trechos administrados por concessionárias privadas do sul e sudeste. Interessante colocar que o modal rodoviário representa 60% da movimentação da produção do país, o que é extremamente elevado.
As ferrovias apresentam-se com pequena extensão de malhas apenas trinta mil quilômetros, acrescidos de vias e composições obsoletas, com registro de circulação de apenas 20% da produção.
Os portos de cabotagem é o setor mais grave no segmento navegação. A cabotagem é imbatível nas grandes distâncias, podendo chegar a 50% dos custos de outros modais, porém este segmento transporta perto de 1,2 milhões de t, apenas 0,2% da carga brasileira. Este modal vem buscando um diferencial com a logística de transporte terrestre porta-a-porta, porém, é quase inexistente os investimentos no setor.
A logística teve grande impulso durante as grandes guerras com o desafio de suprir e fazer chegar aos cenários de combate os produtos destinados à sobrevivência dos combatentes como alimentação e remédios. Seu aparecimento se deu nos anos de 1330, com a empresa austríaca “Irmãos Weiss”, a mais antiga operadora de logística do mundo.
Assim como nos cenários adversos das guerras, o mundo precisa ser abastecido com produtos que irão satisfazer as necessidades da humanidade. Assim, resolver os graves problemas mundiais também é uma questão de logística.
No Brasil, um país de dimensões continentais não é diferente. Assim como na adversidade das guerras teremos que ser capazes de construírmos uma logística que atenda aos interesses nacionais e, por conseguinte, aos interesses empresariais, pois, estados brasileiros com insuficiência logística têm perdido investimentos dentro da dinâmica moderna da economia.
Analisando os modais brasileiros podemos dizer que estão em frangalhos e, portanto, é um tremendo problema que se bem observado, se transforma em uma das maiores oportunidades empresariais e profissionais do momento, pois os negócios de logística envolvem 15% do PIB brasileiro, algo em torno de US$ 236 milhões, com efeito multiplicador dentro da economia.
O maior centro logístico do país hoje está com a Vale Logística, uma empresa da Companhia Vale com oito terminais portuários, sistema integrado de ferrovias e atendimento focado, principalmente, ao setor siderúrgico.
A malha portuária brasileira atualmente é de pequeno porte. As grandes empresas têm buscado então a alternativa de terminais de cargas próprios, com maior capacidade de armazenamento, utilizando-se assim de custos menores, pois, os custos nacionais comparados com o exterior são elevadíssimos. Enquanto a média internacional atinge a faixa de US$ 90 a US$ 100, por aqui os custos giram em torno de US$ 80 a US$ 170, com uma concentração nos portos do sudeste e sul, em detrimento dos portos do nordeste e norte.
As rodovias estão em péssimo estado de conservação o que não somente dificulta a distribuição dos produtos como também os tornam mais caros. As únicas malhas rodoviárias que estão em melhores condições são os trechos administrados por concessionárias privadas do sul e sudeste. Interessante colocar que o modal rodoviário representa 60% da movimentação da produção do país, o que é extremamente elevado.
As ferrovias apresentam-se com pequena extensão de malhas apenas trinta mil quilômetros, acrescidos de vias e composições obsoletas, com registro de circulação de apenas 20% da produção.
Os portos de cabotagem é o setor mais grave no segmento navegação. A cabotagem é imbatível nas grandes distâncias, podendo chegar a 50% dos custos de outros modais, porém este segmento transporta perto de 1,2 milhões de t, apenas 0,2% da carga brasileira. Este modal vem buscando um diferencial com a logística de transporte terrestre porta-a-porta, porém, é quase inexistente os investimentos no setor.
sábado, 5 de setembro de 2009
Mirem-se nos ensinamentos de MALCOLM GLADWELL
Acredito que você, caro leitor não conheça CHRISTOPHER LANGAN. Pois bem, ele é um americano de 51 anos, que ficou conhecido desde o final dos anos noventas como o homem mais inteligente da América.
Testes realizados pelos norte-americanos, mostraram que LANGAN tinha um QI 195, enquanto o cérebro de ALBERT EINSTEIN, o gênio que revolucionou a Física, tinha um QI de 150. Portanto, qualquer um que tenha QI acima de 150 é considerado gênio.
Bem, apesar dessa enorme vantagem comparativa, LANGAN passou parte da vida trabalhando como porteiro. Nas horas vagas estudava Física e Filosofia por conta própria. Nunca conseguiu passar do colégio.
Nasceu numa família miserável, e as duas bolsas que ganhou para a universidade ele as perdeu, com um boletim cheio de As, porque lhe faltava apoio material e afetivo para prosseguir. Numa dessas ocasiões, a mãe, desinteressada, não assinou um atestado confirmando que a família continuava pobre.
Com essa história triste, o escritor MALCOLM GLADWELL abre o terceiro capítulo de seu livro: FORA DE SÉRIE, A HISTÓRIA DO SUCESSO.
Já MALCOLM GLADWELL, um inglês obcecado por entender por que algumas pessoas se dão bem na vida, afirma:
“Nós somos focados demais no indivíduo. Para realmente entendermos os fora de série, temos de olhar ao redor deles: para a cultura, para a família, para a comunidade e para a geração deles. O sucesso é resultado de talento, muito trabalho, apoio e sorte, muita sorte”. GLADWELL concluiu então, que a excelência em qualquer atividade decorre da prática de cerca de 10.000 HORAS.
Como exemplo, ele comenta sobre o fundador da Microsoft que criou uma empresa do zero e tornou-se o homem mais rico do mundo graças à qualidade do seu cérebro e à força de sua personalidade. Mas seria apenas isso?
Não! Claro que não! GLADWELL pesquisou e concluiu que Gates só se tornou Gates devido à seqüência de acidentes que fez com que ele, aos 20 anos de idade, fosse o sujeito de sua geração com a maior experiência em programação desde os 13 anos, quando foi estudar numa cara escola onde havia um raríssimo terminal de computador de grande porte. Ele mergulhou na novidade e nunca mais saiu. Aos 15 anos era pago para testar programas para empresas. Aos 16, passava 30 horas por semana, sete dias por semana, escrevendo seus próprios programas. Quando fundou a Microsoft em 1975, tinha mais de 10 mil horas de treino em programação. Esse sucesso é explicado por apoio social e, sobretudo, por apoio familiar!
Baseado na sua idéia das 10.000 HORAS, GLADWELL afirma: são necessárias circunstâncias especiais para que as pessoas consigam esse tipo de dedicação. Pois é um tempo enorme!
Bill Gates, era filho de um advogado importante e neto de banqueiros, é o resultado de uma conspiração de circunstâncias favoráveis. Elas permitiram que ele, aos 20 anos, estivesse no ponto certo da história com 10 mil horas de prática de programação. Isso permitiu que, literalmente, inventasse a indústria de software.
Em seu livro, GLADWELL cita também o caso de PELÉ, que se tornou o jogador mais consagrado da história do futebol, principalmente porque teve desde pequeno o apoio de seu pai, um centroavante profissional, que insistiu desde cedo em aperfeiçoar a técnica do filho.
Pelé, aos 12 anos de idade, já era proibido de passar do meio da quadra de futebol de salão. Se avançasse com a bola, invariavelmente seria gol. As circunstâncias também o foram favoráveis, pois teve a sorte de jogar num dos melhores clubes de futebol juvenil do país. O convívio com craques profissionais fez desabrochar o talento do menino. Mas ele treinava mais do que todos os outros jogadores e insistia sempre em ensaiar jogadas. Pelé é um gênio do futebol mais teve também muita sorte!
Talvez o leitor não saiba, mas MAURICE CARLOS DE OLIVEIRA, o Marinho, na adolescência, jogava futebol com Pelé. Todos achavam que ele e Pelé seriam jogadores da Seleção, inclusive o técnico deles, Waldemar de Brito. Mas a família de classe média de Marinho não queria um filho futebolista, e as circunstâncias não o ajudaram. Marinho acabou formado em Administração e hoje é aposentado do Banco do Brasil.
GLADWELL, para sustentar sua idéia das 10 MIL HORAS, cita vários outros casos, como MACHADO DE ASSIS, OS BEATLES, MADONA, EIKE BATISTA, entre outros. Todos eles, sem exceção, tinham mais de 10 mil horas de treino quando se consagraram mundialmente.
Testes realizados pelos norte-americanos, mostraram que LANGAN tinha um QI 195, enquanto o cérebro de ALBERT EINSTEIN, o gênio que revolucionou a Física, tinha um QI de 150. Portanto, qualquer um que tenha QI acima de 150 é considerado gênio.
Bem, apesar dessa enorme vantagem comparativa, LANGAN passou parte da vida trabalhando como porteiro. Nas horas vagas estudava Física e Filosofia por conta própria. Nunca conseguiu passar do colégio.
Nasceu numa família miserável, e as duas bolsas que ganhou para a universidade ele as perdeu, com um boletim cheio de As, porque lhe faltava apoio material e afetivo para prosseguir. Numa dessas ocasiões, a mãe, desinteressada, não assinou um atestado confirmando que a família continuava pobre.
Com essa história triste, o escritor MALCOLM GLADWELL abre o terceiro capítulo de seu livro: FORA DE SÉRIE, A HISTÓRIA DO SUCESSO.
Já MALCOLM GLADWELL, um inglês obcecado por entender por que algumas pessoas se dão bem na vida, afirma:
“Nós somos focados demais no indivíduo. Para realmente entendermos os fora de série, temos de olhar ao redor deles: para a cultura, para a família, para a comunidade e para a geração deles. O sucesso é resultado de talento, muito trabalho, apoio e sorte, muita sorte”. GLADWELL concluiu então, que a excelência em qualquer atividade decorre da prática de cerca de 10.000 HORAS.
Como exemplo, ele comenta sobre o fundador da Microsoft que criou uma empresa do zero e tornou-se o homem mais rico do mundo graças à qualidade do seu cérebro e à força de sua personalidade. Mas seria apenas isso?
Não! Claro que não! GLADWELL pesquisou e concluiu que Gates só se tornou Gates devido à seqüência de acidentes que fez com que ele, aos 20 anos de idade, fosse o sujeito de sua geração com a maior experiência em programação desde os 13 anos, quando foi estudar numa cara escola onde havia um raríssimo terminal de computador de grande porte. Ele mergulhou na novidade e nunca mais saiu. Aos 15 anos era pago para testar programas para empresas. Aos 16, passava 30 horas por semana, sete dias por semana, escrevendo seus próprios programas. Quando fundou a Microsoft em 1975, tinha mais de 10 mil horas de treino em programação. Esse sucesso é explicado por apoio social e, sobretudo, por apoio familiar!
Baseado na sua idéia das 10.000 HORAS, GLADWELL afirma: são necessárias circunstâncias especiais para que as pessoas consigam esse tipo de dedicação. Pois é um tempo enorme!
Bill Gates, era filho de um advogado importante e neto de banqueiros, é o resultado de uma conspiração de circunstâncias favoráveis. Elas permitiram que ele, aos 20 anos, estivesse no ponto certo da história com 10 mil horas de prática de programação. Isso permitiu que, literalmente, inventasse a indústria de software.
Em seu livro, GLADWELL cita também o caso de PELÉ, que se tornou o jogador mais consagrado da história do futebol, principalmente porque teve desde pequeno o apoio de seu pai, um centroavante profissional, que insistiu desde cedo em aperfeiçoar a técnica do filho.
Pelé, aos 12 anos de idade, já era proibido de passar do meio da quadra de futebol de salão. Se avançasse com a bola, invariavelmente seria gol. As circunstâncias também o foram favoráveis, pois teve a sorte de jogar num dos melhores clubes de futebol juvenil do país. O convívio com craques profissionais fez desabrochar o talento do menino. Mas ele treinava mais do que todos os outros jogadores e insistia sempre em ensaiar jogadas. Pelé é um gênio do futebol mais teve também muita sorte!
Talvez o leitor não saiba, mas MAURICE CARLOS DE OLIVEIRA, o Marinho, na adolescência, jogava futebol com Pelé. Todos achavam que ele e Pelé seriam jogadores da Seleção, inclusive o técnico deles, Waldemar de Brito. Mas a família de classe média de Marinho não queria um filho futebolista, e as circunstâncias não o ajudaram. Marinho acabou formado em Administração e hoje é aposentado do Banco do Brasil.
GLADWELL, para sustentar sua idéia das 10 MIL HORAS, cita vários outros casos, como MACHADO DE ASSIS, OS BEATLES, MADONA, EIKE BATISTA, entre outros. Todos eles, sem exceção, tinham mais de 10 mil horas de treino quando se consagraram mundialmente.
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