segunda-feira, 17 de julho de 2017

De onde vem a atual crise brasileira?

A atual crise veio dos governos petistas de Lula e Dilma que, simplesmente, torraram nada mais, nada menos do que R$ 700,6 bilhões. Um valor gigantesco capaz de assustar qualquer bilionário de plantão, existente no planeta, pois essa bagatela equivale a quase duas vezes a reconstrução da Europa no pós-guerra de 1945.
A patuscada petista começa na Petrobrás com um prejuízo de R$ 88,6 bilhões, sendo R$ 42,8 bilhões de desvios estimados da roubalheira; e mais R$ 45,8 bilhões, provenientes de negócios mal geridos como a construção da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, prevista para custar US$ 2,5 bilhões, concluída com US$ 18 bilhões; e a compra de Pasadena por US$ 1,3 bilhão.
Com os Fundos de Pensão não foi diferente. O prejuízo estimado é de R$ 46 bilhões, concentrados nos fundos da Previ (Banco do Brasil); Funcef (Caixa Econômica); Petros (Petrobrás); e Postalis (Correios), assombrando 557 mil aposentados e colocando em risco  R$ 2,5 bilhões em benefícios mensais concedidos a seus associados.
Pois é, se para os Fundos de Pensão o período de privatizações significou aplicar em ativos valiosos como a companhia Vale do Rio Doce, dentre outras; no período petista significou perdas de ativos e dívidas crescentes com o patrocínio  de ideias oriundas da equipe econômica do petismo, investindo bilhões nelas. O resultado destes e de outros investimentos gerou um déficit atuarial de R$ 44 bilhões aos fundos. Adicionemos a isso, as gestões imprudentes desses fundos, o que gerou à Postalis dos funcionários dos Correios investimentos nas dívidas de Argentina e Venezuela, como únicos participantes.
Outro ponto destruidor do país se refere à manipulação do preço dos combustíveis através da tacanha política de preços que gerou um prejuízo de R$ 74,6 bilhões à Petrobrás. Como o governo detém o controle da Petrobrás, empresa responsável pela produção e importação de combustíveis no país, o governo optou por fazê-la absorver os prejuízos de não reajustar seus preços. A partir dessa decisão a Petrobrás passou todo o período petista, importando petróleo a US$ 70 o barril, para revendê-lo aqui dentro do país a US$ 40. Como não repassava os custos aos consumidores, apenas em 2015, essa prática acabou segurando um aumento de mais de 20% no preço da gasolina, queimando nada menos do que R$ 74,6 bilhões, bancado pelos acionistas da empresa, do qual o próprio governo é o principal acionista.
No setor elétrico o rombo ficou em R$ 115 bilhões. A esdruxula ideia da presidente de querer fazer retornar o controle do estado as companhias elétricas concedidas durante o processo de privatização do governo FHC, simplesmente, quebrou o setor. A loucura foi tamanha que ao renovar as concessões, o governo impôs às operadoras uma redução de tarifa. O resultado foi ridículo. Para garantir o fornecimento de energia, as empresas passaram então a comprar energia de outras fontes, como de termelétricas, de preço mais elevado, e repassá-las ao consumidor com preço subsidiado determinado pelo governo. Impedida as concessionárias de reajustar os preços para equilibrar suas distorções financeiras, fez gerar um passivo estimado em R$ 20 bilhões às concessionárias.
Já os recursos provenientes do Tesouro Nacional enviados ao BNDES, foi outra lástima. Como o banco estava descapitalizado, Guido Mantega idealizou  um repasse de R$ 455 bilhões em títulos da dívida pública para ampliar a capacidade de empréstimos do banco. Porém, para obter esses recursos, o governo emitiu títulos da dívida pública, com um custo médio semelhante ao da taxa SELIC, à época em 14,25%, e repassou ao banco cobrando apenas 5,5%. O banco, por sua vez, emprestou os recursos por valores próximos a 6,5%. O prejuízo dessa diferença entre o que o governo paga ao mercado e o que ele recebeu do BNDES, chegou a R$ 184 bilhões, segundo dados do Ministério da Fazenda em 2014.
Os Swaps do Banco Central foi outra tragédia, de R$ 120 bilhões. Ou seja, para se evitar a disparada do dólar naquele período, o Banco Central passou a atuar no mercado cambial por meio dos chamados “swaps”. Através destas operações, o BC vendeu dólares no mercado futuro pelo preço do dia. Na outra ponta, o investidor interessado pagaria juros ao BC sobre o valor comprado. A dificuldade começa quando o BC se compromete, equivocadamente, a entregar dólares no vencimento, não importando a variação cambial, empurrando a dificuldade de caixa para períodos seguintes. Com a desvalorização da moeda brasileira em 70% no período, o BC se viu obrigado a entregar dólares aos tomadores por valores muito acima daqueles vendidos, de modo que os juros não conseguiu cobrir os riscos corridos. O resultado desta política foram R$ 89,65 bilhões em prejuízos em 2015, e outros R$ 16,76 bilhões, apenas em janeiro de 2016. Toda essa lambança registrou um prejuízo que ultrapassou a R$ 120 bilhões, que fora integralmente adicionada à dívida pública brasileira.
Por fim vieram as famosas pedaladas fiscais que gerou um rombo de R$ 72,4 bilhões. Como os déficits governamentais chegaram a 10,24% do PIB brasileiro em apenas um ano, as contas públicas enfrentaram seu maior desequilíbrio desde a adoção de práticas mais sérias de orçamento e gestão, com o advento do Plano Real. O resultado de tamanho desequilíbrio resultou  num aumento de 15% na dívida pública brasileira em apenas 2 anos, o que elevou a dívida proporcional ao PIB, de 53% para 68%. Algo impensável! E para não aparecer o rombo na contabilidade pública do país, o governo Dilma, tomou como saída, não fazer o repasse de recursos ao BNDES, comprometido com subsídios destinados às indústrias; e à Caixa Econômica Federal para cumprimento de programas governamentais, incorrendo em pedaladas fiscais, ou seja, em crimes de responsabilidade constatados e contestados pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

Nenhum comentário:

Postar um comentário