Dentro de um contexto de crise, dado a herança das políticas governamentais
equivocadas de governos anteriores ao de Michel Temer, cabe agora ao Governo
Federal a penosa tarefa de reequilibrar as contas e controlar as despesas
orçamentárias públicas, uma verdadeira sangria de gastos excessivos.
Para sermos justos, adicionemos a esse pacote os três poderes:
executivo, legislativo e judiciário em todas as suas instâncias possíveis.
Todos desajustados!
Junte-se a isso, a
atividade econômica brasileira sempre dependente da atuação do estado, no que
se refere a estímulo de investimentos, desvencilhar-se deste cordão umbilical
para que suas atividades possam trilhar um novo curso dentro das regras de um
cenário de sociedade de livre mercado.
Diante desse quadro de dificuldades, cabe aos governos federal, estadual
e municipal, unicamente, a hombridade de estabelecer um processo contínuo de
reestruturação de suas atividades através do cumprimento de seus deveres, como
o de colocar as contas públicas em ordem, dentro dos parâmetros da Lei de
Responsabilidade Fiscal, sob pena de o país não se sustentar mais,
desconstruindo, assim, o futuro das novas gerações, influenciadas
inequivocamente pela cantilena esquerdista dentro das salas de aula das
escolas, país afora.
Para dirimirmos a
atual crise será necessário um esforço conjunto entre setores governamentais, políticos (entendidos como
representantes do povo), empresariais, juntamente com os trabalhadores e a
população brasileira, em geral, para que possamos nos livrar mais rapidamente
dessa inaceitável situação, deixando de lado paixões, equivocadamente,
ideológicas.
Assim, cabe à população repudiar toda essa roubalheira a qual fomos
submetidos, mas também, o dever de buscar entender, compreender e abraçar a adoção de medidas necessárias à modernização
do estado brasileiro através das alterações da legislação tributária, da flexibilização
das leis trabalhistas (já ultrapassadas), da reforma política com melhores regras
(voto distrital, por exemplo) e da utilização de melhores diretrizes de
controle dos gastos públicos.
O país, evidentemente,
vem sofrendo muito com todos esses desacertos. Atravessou o ano de 2015, sob
tremenda crise, com recuo de 3,8% do PIB - o maior recuo em 25 anos – entrou e
saiu de 2016 com a economia em severa retração que gerou um
crescimento negativo de 3,6% do PIB e vislumbra uma previsão de crescimento de
0,5% do PIB para este ano, o que não é uma maravilha, porém, indica que o país
superou as quedas de 3,8% e de 3,6% do PIB e, provavelmente, conseguirá colocar
0,5% de crescimento para este ano.
Assim, vamos
caminhando em meio a um turbilhão de incertezas no campo político, contraposto
à tendência de uma recuperação mais acentuada da economia, a partir do segundo
semestre deste ano.
É bem verdade que
a debilidade da questão fiscal (gastos maiores que as despesas) de estados,
municípios e da própria União, é uma debilidade que pode nos levar a uma
pressão social elevada; assim como o endividamento das pessoas que apesar de
não ter crescido, recentemente, ainda preocupa.
Outra apreensão
aos brasileiros é a taxa de desemprego, que atingiu 13,2% da população ativa e
aflige 13,5 milhões de brasileiros. Esse é um quadro ruim que tende a se estabilizar
a partir do segundo semestre do ano, para depois começar a ceder lentamente,
dado que o desemprego é uma das últimas variáveis a ser revertida em momentos
de incertezas e de recuperação da economia.
Por outro lado, dados do
último relatório do Banco Central, indicam que a inflação deverá perder força em 2017,
consequência da própria recessão, que esfriou o consumo, e dos parcos ajustes
da economia, o qual projeta inflação abaixo de 5%.
Já os cortes da
taxa básica de juros, pelo Banco Central, continuam em ritmo mais acelerado
devido à queda da inflação, porém a redução não deverá gerar impactos imediatos
ao consumidor, mas, certamente, criará um ambiente mais positivo para a retomada
dos investimentos. Assim, a previsão do mercado financeiro para o juro básico -
a chamada taxa Selic - atualmente em 12,25% ao ano, é de queda para 9%, até o
fim de 2017. Isso significa que, juros em queda provocam diminuição do custo de
investimentos, e favorece o pagamento de dívidas governamentais atreladas à
Selic. Isso poderá impulsionar a demanda que
atrelada ao processo de concessões governamentais auxiliará na abertura de oportunidades
para investimentos em infraestrutura, levando ao crescimento mais robusto da
economia.
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