quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Salada à brasileira

O sobe e desce da inflação, as alterações para baixar os juros, que acabou por subir ao invés de descer. Os anúncios do governo para baixar os custos com energia elétrica na conta do consumidor, que não aconteceu o que ao contrário frustrou as pretensões governamentais.
Os congressistas se dando férias não previstas pela constituição nacional e ironicamente voltando ao “trabalho” exatamente no último dia do mês, para não perderem os salários super onerosos ao bolso dos brasileiros.
O orçamento impositivo proposto pelo congresso com o intuito, apenas, de receber as indecentes verbas indenizatórias para custear campanhas eleitorais com o dinheiro do povo.
O “Mensalão” a mais desonesta compra subterrânea de decisões do Congresso Nacional Brasileiro pelo governo federal. O julgamento e a condenação dos quarenta ladrões, e curiosamente, ninguém vai para a cadeia.
Partidos e políticos inescrupulosos que começam a demonizar tudo e tentam fazer com que tudo, absolutamente tudo, que aconteça na vida pública brasileira seja colocada na mesma trincheira do lamaçal de corrupção.
O desrespeito à frágil democracia brasileira com uma postura conhecida como “nazifacismo” para lançar lama em tudo, inclusive onde não existe. A busca desenfreada por um vale tudo que vai desde o mais banal até a incoerência de fazer julgamentos antecipados, antes mesmo, de um pronunciamento formal da justiça do país, embora, seja verdade, que a justiça brasileira, infelizmente, anda a passos de tartaruga, enquanto na vida real as coisas acontecem na velocidade digital, o que naturalmente, proporciona a pessoas mal intencionadas promover toda esta confusão na tentativa, simplesmente, de levar ao cidadão comum e menos informado, à idéia de que é tudo é assim mesmo!
O brasileiro, na realidade, é um povo trabalhador e em sua maioria preza pela honestidade e honradez. O Brasil, não é uma nação corrupta! Portanto, não possui um povo essencialmente corrupto como tantos querem colocar como verdade. Por favor, não vamos confundir as coisas de maneira tão simploriamente assim.
Temos sim, uma população carente de quase tudo, principalmente de escolaridade, e muitos marqueteiros que atendem aos políticos se aproveitam desta triste realidade para deturpar fatos e realidades, para confundir e distorcer o que realmente acontece e o que realmente se passa no Brasil, promovendo ainda mais o desconhecimento e trazendo mais confusão ao cidadão comum.
Examinemos o que parece um simples slogan de governo: “País rico é país sem pobreza”.
Não é um slogan qualquer, diga-se, de passagem. É um slogan que tem traços “socialistas” quando se refere à pobreza e ao mesmo tempo fala de riqueza, símbolo do capitalismo. Para que? Apenas para confundir. Lembremos que o socialismo já não existe mais em nenhuma parte importante do mundo. Existem apenas resquícios desse sistema em Cuba, que certamente não é nenhum exemplo para nação alguma neste planeta.
Será que o Brasil está realmente longe da pobreza quando o governo central festeja a distribuição de R$70,00 mensais para os mais pobres? Será que com isso cessa o compromisso governamental de fazer do Brasil um país mais justo e melhor para todos? Ou será apenas enganação?
Tudo isto parece induzir os cidadãos mais pobres, assim como aqueles desavisados, que a miséria tenha acabado no país. Será que não temos uma plêiade de misérias a ser erradicada em nosso país?
Não será miserável aquele cidadão que se dirige a um posto de saúde pública sem infra-estrutura alguma e recebe uma senha para atendimento somente para daqui a seis meses?
Não será um miserável aquele que ganha um salário mínimo de R$678,00? Não serão miseráveis os trabalhadores aposentados que contribuíram com vinte salários mínimos para a caixinha do INSS e agora recebem uma contribuição menor que seis salários mínimos?
Não será miserável aquele que não recebe educação de qualidade e estuda em uma sala de aula caindo aos pedaços, abrigado em ambientes medíocres, escuros, desconfortáveis e sem alimentação adequada?
Não serão miseráveis os professores que lamentavelmente recebem um salário desumano?
Não serão miseráveis aqueles que são atendidos no chão dos corredores dos hospitais públicos? 
Não será miserável um povo que tem sua base empresarial desconstruída voltando a comercializar produtos de uma economia agrícola dos tempos coloniais para atender ao comércio internacional?
Não seria miserável um povo que observa em cada produto simplório a descrição “made in China”?
Não será miserável também um povo que tenha que desligar o rádio às sete horas da noite para não ouvir a enganação de “A Hora do Brasil”? Não será miserável um povo que tenha que ouvir em todas as rádios, assistir em todas as TVs, ler em todos os jornais e em todas as mídias os comerciais governamentais de conteúdo duvidoso, com gastos de mais de R$ 1,780 (um bilhão, setecentos e oitenta milhões) da propaganda governista com dinheiro dos impostos escorchantes sugados do suor do dia a dia do povo brasileiro?
Não seria miserável um povo que paga R$11.545,00 (onze mil, quinhentos e quarenta e cinco reais) por minuto de trabalho a seus parlamentares?
Não será miserável o povo que paga R$ 33 milhões anuais aos seus senadores?
Não será miserável o povo que paga R$ 6.600.000 (seis milhões e seiscentos mil) anuais aos seus deputados?
Analogamente, e considerando valores médios, o gasto com deputados e senadores brasileiros, é de R$ 10,2 (dez milhões e duzentos mil reais) anuais; na Itália esse gasto é de R$ 3,9 (três milhões e novecentos mil); em França o gasto é de R$ 2,8 (dois milhões e oitocentos mil); na Espanha o gasto é de R$ 850 (oitocentos mil); e na vizinha Argentina o gasto é de R$ 1,300 (um milhão e trezentos mil).
Registre-se ainda: em Brasília cada deputado distrital custa ao contribuinte R$10 milhões anuais. Vereadores no Rio e em São Paulo custam cada um R$ 5 milhões anuais.
Não será miserável também, um povo que não sabe “onde está o Amarildo”, assim como tantos “Amarildos” Brasil afora?

Não será miserável um povo que tem um governo que não entende as vozes das Ruas? Ah! As vozes das Ruas! 

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