Após os movimentos da queda de juros no Brasil, fica a questão de como a queda da taxa de juros, poderá impactar nas decisões dos investidores?
Trabalhando alguns números poderemos ilustrar a atual situação dos investidores. Porém, com os novos níveis de juros, os números assustam um pouco mais - eu diria – um pouco mais que no passado.
Analisando um investidor que desejasse chegar a um volume de montante de recursos padrão de R$1.000.000,00 (um milhão de reais), que naturalmente é o sonho da maioria dos mortais, e em conformidade às exigências do assunto, com uma taxa de juros reais de 6% ao ano e uma contribuição mensal de R$1.000,00 (mil reais) em aplicações, durante trinta anos, levaria o investidor ao seu primeiro milhão, ou seja, a ser um milionário. Assim, com mil reais mensais por trinta anos o investidor conseguiria acumular um milhão de reais.
Utilizando o mesmo raciocínio para se atingir R$1.000.000,00 (um milhão de reais) a uma taxa real de juros de 4% ao ano, teríamos hoje que realizar uma contribuição maior, ou seja, de R$1.470,00 (mil quatrocentos e setenta reais) mensais. Assim, de R$1.000,00 (mil reais) mensais, iniciais, agora os investidores necessitariam de R$1.470,00 (mil quatrocentos e setenta reais) mensais de depósito para se chegar a R$1.000.000,00 (um milhão de reais), o que efetivamente, reflete um aumento de quase 50% da contribuição.
Com o mesmo raciocínio em mente, decaindo a taxa de juros reais a 3% ao ano, como parece acontecer em algum momento, não muito distante no tempo, a nossa contribuição de investimento caminharia para R$ 1.750,00 (mil setecentos e cinqüenta reais) mensais. Portanto, a relação de valores aplicados sobe agora a 75% do valor inicial de R$1.000,00 (mil reais). Lembrando que os dados seguem a taxa de juros reais, ou seja, juros reais descontados a inflação.
Nesses níveis de contribuição de R$1.750,00 (mil setecentos e cinqüenta reais), para se chegar à cifra mágica de R$1.000.000,00 (um milhão de reais), ocorre um dilema, a grande maioria dos brasileiros não teria um montante deste valor para a contribuição mensal, então o que fazer?
Uma das alternativas para o investidor seria a de aumentar o tempo para a contribuição dos valores.
Assim, no primeiro exemplo, um investidor teria que trabalhar 30 anos para conseguir extrair R$1.000,00 (mil reais) de seus vencimentos para aplicação e chegar ao seu primeiro milhão.
Com a taxa de juros a 4% ao ano, o investidor necessitará trabalhar 7 anos a mais em sua vida laboral, ou seja, 37 anos de trabalho, não muito, considerando a atual expectativa de vida do brasileiro, embora seja prudente reconhecer que é uma diferença significativa.
Caso a taxa de juros caia a 3% ao ano, como esperado, o investidor teria que trabalhar 42 anos para atingir o seu primeiro milhão, ou seja, 12 anos a mais de trabalho.
As alternativas são: ou se eleva o valor investido ou se aumenta os anos de trabalho para que possa manter a contribuição mensal de investimento e buscar um milhão de reais.
Para contornar esse processo, talvez seja necessário trabalhar um equilíbrio a essa situação, ajustando um alongamento de tempo com uma elevação no nível de contribuição. Ou ainda, considerar um mecanismo de diversificação de capitais, utilizando os prêmios de risco de longo prazo como em aplicações em bolsa de valores, com uma rentabilidade um pouco maior do que os 3% somente, livre de riscos.
O modelo de diversificação, porém, é algo que não acolhe a todos. Deste modo, é necessário verificar o perfil financeiro do aplicador, seus horizontes de médio e longo prazo, e se é afeito a esse investidor, considerar algo de renda variável em seu portfólio para futura aposentadoria.
Especialistas acreditam que se um aplicador considerar um portfólio de risco de forma lenta e constante, o risco torna-se muito baixo. O medo dos especialistas fica por conta de os investidores assumirem riscos elevados em mercados desconhecidos.
Neste contexto, trabalhar um portfólio com um pouco de renda variável no longo prazo é uma das saídas, principalmente, para os mais jovens, que poderiam ir comprando ações aos poucos, para que, no futuro, possam também vendê-las aos poucos. O que requer bastante disciplina, claro. Bem dosado e estudado, o risco faz sentido. Fica a preocupação de que, às vezes, o risco cobra o seu preço no futuro.
É natural, como ocorreu em outros países, que com a queda das taxas de juros haja um incremento do mercado de ações, porém, a médio e longo prazo, em função da crise européia atual.
Por conta disto, talvez seja o momento de se fazer crescer a base tão pequena de aplicadores “pessoa física” na bolsa de valores brasileira, de apenas 580 mil pessoas, diga-se de passagem, com baixo volume de aplicadores já de algum tempo.
Cabe então ao investidor avaliar se é momento de alterar seus níveis de aplicação ou se necessita de um alongamento de tempo de contribuição de suas aplicações, ou ainda, se deve considerar uma base diversificada de aplicações para se chegar ao primeiro milhão de forma consciente.
Boas aplicações!
Trabalhando alguns números poderemos ilustrar a atual situação dos investidores. Porém, com os novos níveis de juros, os números assustam um pouco mais - eu diria – um pouco mais que no passado.
Analisando um investidor que desejasse chegar a um volume de montante de recursos padrão de R$1.000.000,00 (um milhão de reais), que naturalmente é o sonho da maioria dos mortais, e em conformidade às exigências do assunto, com uma taxa de juros reais de 6% ao ano e uma contribuição mensal de R$1.000,00 (mil reais) em aplicações, durante trinta anos, levaria o investidor ao seu primeiro milhão, ou seja, a ser um milionário. Assim, com mil reais mensais por trinta anos o investidor conseguiria acumular um milhão de reais.
Utilizando o mesmo raciocínio para se atingir R$1.000.000,00 (um milhão de reais) a uma taxa real de juros de 4% ao ano, teríamos hoje que realizar uma contribuição maior, ou seja, de R$1.470,00 (mil quatrocentos e setenta reais) mensais. Assim, de R$1.000,00 (mil reais) mensais, iniciais, agora os investidores necessitariam de R$1.470,00 (mil quatrocentos e setenta reais) mensais de depósito para se chegar a R$1.000.000,00 (um milhão de reais), o que efetivamente, reflete um aumento de quase 50% da contribuição.
Com o mesmo raciocínio em mente, decaindo a taxa de juros reais a 3% ao ano, como parece acontecer em algum momento, não muito distante no tempo, a nossa contribuição de investimento caminharia para R$ 1.750,00 (mil setecentos e cinqüenta reais) mensais. Portanto, a relação de valores aplicados sobe agora a 75% do valor inicial de R$1.000,00 (mil reais). Lembrando que os dados seguem a taxa de juros reais, ou seja, juros reais descontados a inflação.
Nesses níveis de contribuição de R$1.750,00 (mil setecentos e cinqüenta reais), para se chegar à cifra mágica de R$1.000.000,00 (um milhão de reais), ocorre um dilema, a grande maioria dos brasileiros não teria um montante deste valor para a contribuição mensal, então o que fazer?
Uma das alternativas para o investidor seria a de aumentar o tempo para a contribuição dos valores.
Assim, no primeiro exemplo, um investidor teria que trabalhar 30 anos para conseguir extrair R$1.000,00 (mil reais) de seus vencimentos para aplicação e chegar ao seu primeiro milhão.
Com a taxa de juros a 4% ao ano, o investidor necessitará trabalhar 7 anos a mais em sua vida laboral, ou seja, 37 anos de trabalho, não muito, considerando a atual expectativa de vida do brasileiro, embora seja prudente reconhecer que é uma diferença significativa.
Caso a taxa de juros caia a 3% ao ano, como esperado, o investidor teria que trabalhar 42 anos para atingir o seu primeiro milhão, ou seja, 12 anos a mais de trabalho.
As alternativas são: ou se eleva o valor investido ou se aumenta os anos de trabalho para que possa manter a contribuição mensal de investimento e buscar um milhão de reais.
Para contornar esse processo, talvez seja necessário trabalhar um equilíbrio a essa situação, ajustando um alongamento de tempo com uma elevação no nível de contribuição. Ou ainda, considerar um mecanismo de diversificação de capitais, utilizando os prêmios de risco de longo prazo como em aplicações em bolsa de valores, com uma rentabilidade um pouco maior do que os 3% somente, livre de riscos.
O modelo de diversificação, porém, é algo que não acolhe a todos. Deste modo, é necessário verificar o perfil financeiro do aplicador, seus horizontes de médio e longo prazo, e se é afeito a esse investidor, considerar algo de renda variável em seu portfólio para futura aposentadoria.
Especialistas acreditam que se um aplicador considerar um portfólio de risco de forma lenta e constante, o risco torna-se muito baixo. O medo dos especialistas fica por conta de os investidores assumirem riscos elevados em mercados desconhecidos.
Neste contexto, trabalhar um portfólio com um pouco de renda variável no longo prazo é uma das saídas, principalmente, para os mais jovens, que poderiam ir comprando ações aos poucos, para que, no futuro, possam também vendê-las aos poucos. O que requer bastante disciplina, claro. Bem dosado e estudado, o risco faz sentido. Fica a preocupação de que, às vezes, o risco cobra o seu preço no futuro.
É natural, como ocorreu em outros países, que com a queda das taxas de juros haja um incremento do mercado de ações, porém, a médio e longo prazo, em função da crise européia atual.
Por conta disto, talvez seja o momento de se fazer crescer a base tão pequena de aplicadores “pessoa física” na bolsa de valores brasileira, de apenas 580 mil pessoas, diga-se de passagem, com baixo volume de aplicadores já de algum tempo.
Cabe então ao investidor avaliar se é momento de alterar seus níveis de aplicação ou se necessita de um alongamento de tempo de contribuição de suas aplicações, ou ainda, se deve considerar uma base diversificada de aplicações para se chegar ao primeiro milhão de forma consciente.
Boas aplicações!