Após 11 anos de
governo petista, infelizmente a Petrobrás, a maior empresa do Brasil, já não é
mais a mesma! Num emaranhado de “companheiros” em cargos chave, absolutamente despreparados
e sem fazer coisa alguma e com salários felpudos não poderia dar em outra
coisa. Desmandos e desvio da missão primeira da empresa que é a de extrair e
comercializar petróleo de qualidade, para agora sair das páginas econômicas de
jornais e revistas para ocupar as páginas policiais, com a prisão de um ex-diretor
da companhia, com suspeita de pagamentos de propina e compra superfaturada de
refinarias no exterior. O que, lamentavelmente, já não é mais novidade neste
governo cercado de lamas, vide os acontecimentos com o Sr. Pizzolato, ex-diretor
de marketing do Banco do Brasil que ainda deve uma explicação aos acionistas do
banco e aos brasileiros de um modo geral.
Em realidade, nenhum
país sério usa uma empresa de renome como a Petrobrás para segurar preços de
combustíveis para esconder a ineficiência governamental e sucatear a empresa
deixando-a, literalmente, no fundo do poço como as empresas petrolíferas da
Venezuela de Hugo Chaves e Nicolás Maduro.
A Petrobras já
vinha com a imagem arranhada dentro e fora do país, por excesso de interferência
política do governo petista na empresa. Assim, suspeitas de compra bilionária
de uma refinaria em “Pasadena”, no Texas (EUA) e do suposto suborno para
acelerar contratos foram agravadas com a prisão de Paulo Roberto Costa,
ex-diretor de Abastecimento da estatal, na operação Lava Jato da Polícia
Federal.
Alvo de críticas
desde 2006, quando começaram as tratativas com a empresa belga “Astra Oil
Company”, a transação voltou à cena com a investigação do Tribunal de Contas da
União (TCU) e da Polícia Federal (PF) sobre supostas irregularidades no negócio
responsável por causar prejuízo de quase US$ 1 bilhão à companhia brasileira,
que incide diretamente no bolso dos brasileiros que é na ponta final quem paga
a conta. Lembre-se que dinheiro do tesouro é dinheiro do povo recolhido através
dos impostos escorchantes extraído dos brasileiros.
Aprovada por
Dilma Rousseff quando a presidente comandava o conselho de administração da
estatal, a decisão teria sido embasada em relatório, técnica e juridicamente
falho, feito pela diretoria da época, conforme justificativa do Palácio do
Planalto e que foi descartada por ex-dirigentes da empresa que reagiram
afirmando que havia informações disponíveis suficientes.
Desta forma, investidores
que já estavam desconfiados com a intervenção do governo na estatal, ficam
ainda mais ressabiados — comentam especialistas.
Para controlar a
inflação, o governo freia aumento no preço dos combustíveis, mesmo quando o
barril de petróleo se mantém mais alto no Exterior, resultando em problemas de
caixa para a empresa.
A intervenção
nos preços e problemas na produção da companhia que não avançam, corroeram o
valor das ações, chegando ao menor nível desde 2005, R$ 12 por ação a qual já
valera R$ 70 por ação. O desequilíbrio no caixa pressiona a dívida da Petrobras
que pode ter sua nota de crédito rebaixada, tendo que captar recursos externos
com juros mais elevados que o corrente nas praças de crédito.
A crise de caixa da
empresa ficou famosa por atrasar o pagamento de contas e o fundo criado para
ajudar a desenvolver as cadeias locais de fornecimento não recebeu o dinheiro
que lhe era devido. Daí, o alerta de especialistas: pequenas empresas podem
falir por isso.
O valor de
mercado da companhia está hoje em R$ 179 bilhões, menos da metade de R$ 380
bilhões em 2009 quando o preço do petróleo explodiu e a empresa ainda festejava
a descoberta do pré-sal.
Por outro lado,
os números da operação da compra da refinaria em “Pasadena” assustam.
A empresa belga “Astra
Oil Company” comprou a refinaria em “Pasadena” por US$ 42,5 milhões em 2005. Um
ano depois, a Petrobras pagou US$ 360 milhões por metade da unidade, negócio
aprovado por Dilma, então presidente do conselho de administração. Em 2007,
recebe proposta para comprar tudo. O conselho da estatal veta o negócio. A
belga recorre à Justiça americana para obrigar a estatal brasileira a adquirir
a outra parte. Em 2012, a Petrobras é obrigada a pagar à “Astra Oil” US$ 820
milhões para comprar os outros 50% da refinaria. A estatal tenta vender a
unidade, mas a oferta mais alta que recebe é de US$ 180 milhões.
Em meio a tantas
dificuldades, é muito pouco provável que a Petrobras atinja sua própria meta de
mais do que dobrar a produção e chegar a 5,7 milhões de barris por dia até 2020,
pois os planos estão bem atrasados. O baixo desempenho está fazendo com que o
país seja visto com maus olhos. Executivos do setor petrolífero comentam que
uma promessa brasileira já não vale nem o papel em que foi escrita. Difícil
não?
Atolada neste imbróglio, a
Petrobras foi superada pela estatal colombiana “Ecopetrol” e está chegando ao
nível da “Pemex”, a grande burocrata que controla o setor mexicano de petróleo
e gás.
Para o mercado mundial, a
Petrobras ainda não é grande o suficiente para causar um problema no mercado global
e os antigos campos de petróleo continuam produzindo. No entanto, esse panorama
é uma crescente preocupação para as empresas ocidentais que têm investimentos
no Brasil em parceria com a Petrobras, já que essa situação pode ser um
elemento significativo em seus portfólios globais, o que traz ainda um panorama
problemático para acionistas de fundos corporativos estrangeiros que investem em
mercados emergentes e, portanto, detêm ações da Petrobras.