quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Usiminas – Novo Pacto de Governança Corporativa


Com novo pacto de governança corporativa os grupos Ternium e Nippon Steel fecharam acordo em 08/02/2018, para encerrar as disputas em torno da gestão da Usiminas; o qual prevê alternância na presidência da empresa a cada 4 anos, além da adoção de um mecanismo de saída que permite a cada um dos sócios majoritários a aquisição da participação do outro na empresa, em caso de novas desavenças. Assim a Usiminas, a maior produtora de aços planos da América Latina adotará novas regras que permitirão a alternância de presidente-executivo e de presidente do conselho de administração a cada quatro anos entre os dois grupos.
Essa nova composição começará com o grupo Ternium indicando o Presidente-Executivo, o atual ocupante do cargo, o Sr. Sergio Leite; enquanto a Nippon Steel nomeará para a Presidência do Conselho de Administração o executivo Ruy Hirschheimer, ex-presidente da Electrolux na América Latina entre 1998 a 2016, o que se efetivará na eleição para a diretoria da Usiminas, prevista para maio deste ano.
Desse modo, o termômetro do acordo ficou por conta do desprendimento entre os sócios em aceitar esse mecanismo de saída, ao qual um deles, poderá comprar a maioria, ou até mesmo, a totalidade da participação do outro na siderúrgica; após quatro anos e meio da eleição da nova diretoria da Usiminas.
Por outro lado, o formato do mecanismo de saída, porém, não foi detalhado pelas empresas participantes do acordo; foi comunicado apenas que o recurso poderá ser iniciado por qualquer uma das partes, com ou sem causa definida, a qualquer momento, após período de negociação de seis meses, onde qualquer das partes poderá comprar um determinado número de ações ordinárias detidas pela outra parte, consolidando o controle. Embora a parte vendedora possa optar por manter cerca de 10 por cento das ações ordinárias  da Usiminas.
Outro detalhe do acordo, diz respeito às demais ações da empresa em circulação, onde  Ternium e Nippon acertaram que nenhum dos dois grupos, e suas subsidiárias poderá comprar ações ordinárias da Usiminas sem a permissão do outro.
O acordo entre os acionista traz ainda que a diretoria da empresa composta por seis membros, incluindo o diretor-presidente, terá nomeações que serão divididas de forma que cada sócio escolha os nomes de 50% dos executivos. 
Dentro de todo esse entendimento faltou esclarecer o papel dos minoritários onde a CSN é a maior acionista.
Cabe destacar que o acordo veio em boa hora, principalmente, depois que a Agência de Classificação de Risco Moody’s, elevou em 24/01/2018 a classificação da Usiminas referente ao rating de crédito de longo prazo em moeda estrangeira de Caa1 para B2, com perspectiva estável.
Essa elevação do rating da empresa reflete, principalmente, a conclusão do processo de renegociação da dívida, com a amortização dos bônus de 2018 emitidos pela Usiminas, o que removeu as pressões de liquidez, o permite agora que a empresa foque ainda mais em suas operações do dia a dia.
Segundo a agência Moody’s a elevação do rating incorpora a expectativa de que os indicadores de crédito vão melhorar gradualmente, apoiados principalmente, na recuperação lenta, mas gradual na indústria de aço do Brasil, facilitando a empresa a gerar fluxos de caixa livre positivo nos próximos anos.
Todo esse conjunto de medidas, vêm na direção de ampliar a parceria entre os sócios, de melhorar a governança corporativa e de ampliar a expansão da empresa com vistas ao médio e longo prazo, na busca de maior produtividade e de assertividade nas políticas empresariais voltadas para manter o papel de liderança da siderurgia brasileira. 

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